terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Estereótipos, estigmas e preconceitos...



Durante a leitura do texto da Ligia Amaral fiz algumas pausas para refletir sobre situações que ocorrem dentro das nas nossas escolas. Coincidentemente durante o semestre realizei a atividade no Seminário Integrador sobre preconceitos e esterótipos, algumas conclusões que cheguei  vem de encontro com as ideias da autora.
Por exemplo que os estereótipos geram preconceitos, pois há um desconhecimento real do outro (Silvia, 2005, p. 24). Infelizmente percebo que nós professores, às vezes inconscientemente, propagamos alguns mitos em decorrência da ausência de conhecimento. Não há formações dentro da escola para nos preparar para lidar com a diversidade. Quando recebemos um aluno com necessidades especiais temos que correr atrás para incluí-lo nas nossas aulas. Aprendemos de maneira autônoma através de pesquisas na internet e livros.
Se o estudante apresenta um laudo, é difícil não tentar enquadra-lo em um estereótipo, por exemplo, se o aluno é autista sabemos que ele terá dificuldade de interagir com outros estudantes, apresentará movimento repetitivos, em determinadas áreas terá baixo desempenho, e em outras altíssimo. Acredito que estes mitos e estigmas surgem não de maneira intencional, mas sim pela falta de conhecimento. Portanto, penso que além das disciplinas na graduação em licenciatura, deveria haver uma formação permanente para professores que abordasse esta temática.
      Quanto aos mecanismos de defesa, achei interessante aplicação deles na relação com pessoas com deficiências (físicas ou sensoriais). Já havíamos estudado os mecanismo de defesa na interdisciplina de psicologia ao estudarmos Freud, e na época não havia concebido esta relação. Ao analisar as minhas experiências em sala de aula com estudantes que necessitaram de atendimento especial, percebo que já expressei mecanismos de compensação, atenuação e simulação. Portanto, assim como o avestruz eu já enfiei a minha cabeça na areia em momentos em que não conseguia lidar com a realidade que estava exposta em minha sala de aula.

      Eu percebo que a inclusão efetiva dentro das nossas escolas públicas é um caminho longo, mas já iniciamos esta caminhada. Contudo, é necessário que as escolas estejam adaptadas fisicamente para receber os alunos com diferentes necessidades. O ideal seria que a cidade como um todo fosse adaptada, contudo já é quase um missão impossível encontrar ônibus com rampas para cadeirantes, portanto iniciemos pelo primeiro espaço de formação e interação social que eles frequentarão. Já mencionei anteriormente, mas frisarei novamente: tão ou mais importante que cidades e escolas adaptadas é necessário a formação para inclusão, é preciso que o corpo docente, a equipe pedagógica, a auxiliar de limpeza e a merendeira saibam se relacionar e com um estudante que necessita educação especiais. Somente com a informação e o conhecimento é que seremos capazes de romper com os estereótipos e estigmas e saberemos respeitar e valorizar “os crocodilos”.


Referência Bibliográfica: 
AMARAL, Ligia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e a sua superação. in Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. Coord. Julio Groppa Aquino. São Paulo: Summus, 1998. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Método Clínico Piagetiano

      Achei interessante a proposta de aplicabilidade do  o método clínico Piagetiano, que no meu entendimento tem como objetivo investigar o nível de pensamento dos estudantes. Eu concordo com os colegas ao afirmarem que esta metodologia é difícil de ser aplicada em uma classe de aula normal, devido o pluralismo que há em uma sala de aula, onde normalmente o professor tem que atender diversas crianças e adolescentes ao mesmo tempo. Contudo, conforme a colega Jaqueline falou esta é uma prática comum no processo de alfabetização das crianças. No período em que eu trabalhei com a educação infantil também realizávamos atividades individuais e bastante diálogos com as crianças a fim de identificar o nível em que elas encontravam-se. Essas informações eram citadas nos pareceres descritivos. 

     A colega Mara disse que o método clínico Piagetiano  “é feito para verificar as estruturas do pensamento do sujeito e não apenas para verificar acertos ou erros”. Eu acredito que este método seria uma ótima ferramenta de avaliação, pensando na avaliação como ferramenta de identificação do nível de compreensão dos estudos e as suas dificuldades. Porém, para que se possa realizá-lo se faz necessário tempo disponível e auxilio na escola.
      Eu penso que esta atividade serviu como um teste de aplicação do método clínico, e que alguns erros só poderiam ser evitados com mais estudos e prática. A questão pontuada pela profª Rosane Aragon referente a forma como fazemos a pergunta é bem importante, percebi que em muitos vídeos as crianças ficavam confusas e/ou não compreendiam corretamente as questões. Acredito que o diálogo e tranquilidade durante a atividade são fundamentais para a criança se sentir segura e livre para responder os questionamentos sem a pressão de estar "certo ou errado".