sexta-feira, 24 de julho de 2015

Os animais

     Esta atividade está sendo realizada com os meus alunos do 7º ano na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Sylvio Torres.


     esse ano letivo estudaremos os seres vivos. Iniciamos no mês de junho mês um trabalho que envolve a escrita de "Livro" com as características dos animais, e a confecção de miniaturas. 



O primeiro grupo de animais que estudamos foi os Poríferos, conhecidos como esponjas.


Na semana seguinte  foi a vez dos CnidáriosNossos alunos fizeram água-vivas e anêmonas-do-mar


Escola e cultura

     Segundo a autora Candau (2002, pg.5 ), a escola que hoje conhecemos, ainda está pautada em modelos antigos europeus, esta escola busca uma cultura homogênea e hegemônica. Portanto, tudo que não se enquadra neste padrão, infelizmente, tende a ser excluído ou deixado as margens.
     No ambiente de uma escola, que não valoriza a multiculturalidade, e não trabalha com a diversidade, ocorre o que o Alberto Noé (2000, p. 06) relata que “o êxito ou o fracasso das crianças na escola se explica pela distância de sua cultura ou língua em relação à cultura e à línguas escolares”. O aluno que não se encaixa nos padrões preestabelecidos pela sociedade, se sente deslocado, sente-se que não faz parte daquele grupo, e tende a se excluir. Esse processo de exclusão interfere diretamente no seu processo de aprendizagem.

     Portanto é necessário que as escolas modifiquem essa característica de exclusão e ou omissão de algumas culturas, e se torne um território multicultural, acolhendo todas as culturas, e estabelecendo relações harmônicas entre elas. A escola é o espaço onde os alunos, que possuem familiar desestruturado, com valores conservadores, e muitas vezes com regadas a preconceitos e ódios, tem a oportunidade de aprender a respeitar e valorizar as diferentes culturas, e diferenças entre eles. Eu penso, que para que essa mudança de fato ocorra, é importante que seja realizado um trabalho contínuo, e não somente em datas isoladas, como por exemplo, no dia da consciência negra, dia do índio.

Referências bibliográficas

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Educação & Sociedade, ano XXIII, no 79, Agosto/2002 PÁGINA 128-161

NÓE. ALVERTO. A relação Educação e Sociedade: Os fatores Sociais que Intervêm no Processo Educativo. . Revista Avaliação Universidade de Campinas. Campinas, vol. 5 nº 3 (17) ? setembro 2000.

O verdadeiro sentido de avaliar

     A minha primeira e grande dificuldade ao ingressar no magistério foi realizar a avaliação dos meus alunos. Eu sempre tive uma facilidade de criar vínculos afetivos, de dominar os conteúdos curriculares e os desenvolvê-los em aula de aula, porém meu maior obstáculo era avaliar. Durante este semestre, eu refleti sobre como tenho avaliado os meus alunos, e compreendi melhor o motivo pela qual avaliamos os nossos alunos.
     Segundo Alvarez Mendes (2002, pg. 82 ) a avaliação é uma oportunidade do aluno demonstrar o que sabe e como sabe. Quando o professor tem consciência de como o aluno está construindo o seu conhecimento, ele é capaz de intervir nesse processo, para reorientá-lo , estimulá-lo, corrigi-lo e acima de tudo valorizá-lo. Contudo, normalmente a avaliação é vista em grande parte das escolas, como uma atividade isolada, a fim de verificar o quanto o aluno sabe daquele determinado assunto, e atribuindo notas. As notas, por sua vez, são utilizadas para somar em um escore total no final do ano letivo, classificando os alunos como “aprovados” ou “reprovados”.


     Loch (2014, pg. 133), explica que a avaliação deve ser “continua, participativa, diagnóstica e investigava”. Ao refletir sobre a minha prática avaliativa com os meus alunos, percebo na minha escola que a avaliação ocorre diariamente e continuamente ao longo do ano. Porém, a cada trimestre a avaliação do aluno é transformada em valores numéricos. Desta realidade, eu não posso me desvincular, pois é o modelo de avaliação escrito no Projeto Politico Pedagógico da escola. Contudo, a forma como avalio os meus alunos no decorrer do trimestre, posso mudá-la e torná-la mais significativa para os meus alunos. É preciso que eu abandone as avaliações com o objetivo de “testar” os conhecimentos deles, e ao invés disso busque conhecer o que eles aprenderam e as dificuldades que eles possuem, para que eu possa identificá-las e auxiliá-los a superá-las.

Referências bibliográficas

ALVAREZ MENDEZ, J. M. Avaliação como atividade crítica do conhecimento. Cap 6 (p.81-89). In: ALVAREZ MENDES, J. M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002

LOCH, Jussara Margareth de Paula. Avaliação na escola cidadã. In: ESTEBAN, Maria Teresa (Org) Avaliação uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro. DP&A Editores, 2004. P. 129-142.