Segundo a autora Candau (2002, pg.5 ), a escola
que hoje conhecemos, ainda está pautada em modelos antigos europeus,
esta escola busca uma cultura homogênea e hegemônica. Portanto,
tudo que não se enquadra neste padrão, infelizmente, tende a ser
excluído ou deixado as margens.
No ambiente de uma escola, que não valoriza a
multiculturalidade, e não trabalha com a diversidade, ocorre o que o
Alberto Noé (2000, p. 06) relata que “o êxito ou o fracasso das
crianças na escola se explica pela distância de sua cultura ou
língua em relação à cultura e à línguas escolares”. O aluno
que não se encaixa nos padrões preestabelecidos pela sociedade, se
sente deslocado, sente-se que não faz parte daquele grupo, e tende a
se excluir. Esse processo de exclusão interfere diretamente no seu
processo de aprendizagem.
Portanto é necessário que as escolas
modifiquem essa característica de exclusão e ou omissão de algumas
culturas, e se torne um território multicultural, acolhendo todas as
culturas, e estabelecendo relações harmônicas entre elas. A
escola é o espaço onde os alunos, que possuem familiar
desestruturado, com valores conservadores, e muitas vezes com regadas
a preconceitos e ódios, tem a oportunidade de aprender a respeitar e
valorizar as diferentes culturas, e diferenças entre eles. Eu penso,
que para que essa mudança de fato ocorra, é importante que seja
realizado um trabalho contínuo, e não somente em datas isoladas,
como por exemplo, no dia da consciência negra, dia do índio.
Referências bibliográficas
CANDAU, Vera Maria Ferrão.
Educação & Sociedade,
ano XXIII, no 79, Agosto/2002 PÁGINA 128-161
NÓE. ALVERTO. A relação Educação e
Sociedade: Os fatores Sociais que Intervêm no Processo Educativo. .
Revista Avaliação
Universidade de Campinas. Campinas, vol. 5 nº 3 (17) ? setembro
2000.