Há
estudos que indicam que o ser humano evoluiu por ser social, por apresentar a capacidade
de se comunicar com os seus semelhantes, e transferir suas descobertas para futuras
gerações através da oralidade ou da escrita. Paulo Freire (2000) no livro “Á
sombra desta mangueira” ao escrever sobre a dialogicidade
se refere a ela como uma prática fundamental para o processo de
aprendizagem, e característica da natureza humana.
Paulo
Freire (2000) relata sobre a importância do ser humano se reconhecer como ser
consciente e inacabado. É o reconhecimento do ser humano como ser consciente e
inacabado que nos move em uma busca permanente de conhecimento, nos tornando
assim um ser educável.
Quanto a
curiosidade Freire (2000) a descreve como um elemento fundamental na vida, pois
é uma necessidade e disposição que o ser humano tem de espantar-se diante das
pessoas, dos fatos e fenômenos e de tentar compreende-los. A curiosidade nos
move em busca das respostas para explicar o objeto de conhecimento, sem esta
curiosidade não haveria a busca constante de conhecimento, característica do
ser humano. Há a curiosidade estética que está relacionada com a contemplação e
admiração, assim como a curiosidade espontânea que pode vir a se tornar uma
curiosidade epistemológica. A curiosidade epistemológica é que consegue
transformar um conhecimento do nível senso comum em um científico.
O autor
(FREIRE, 2000) salienta a importância da curiosidade estar presente no espaço
escolar, e de cuidar-se para que este espaço seja propício para construir novos
conhecimentos. O local deve ter uma boa estrutura física, ambientes bem
iluminados, assim como higiene adequada e decorações condizentes com temática
da educação e que reflitam o trabalho desenvolvidos com estudantes. Além de
recursos didáticos que possam auxiliar o educando na sua busca do conhecimento
como bibliotecas com acervos atualizados, computadores, acesso à internet.
O
diálogo é fundamental na construção da curiosidade epistemológica. A
curiosidade está estritamente relacionada com a dialogicidade, segundo Freire
(2000) ambas são indispensáveis para a conhecimento. Desta maneira, o
anti-diálogo autoritário contradiz a natureza do ser humano, a construção do
conhecimento e a democracia.
Referências
FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. Editora Paz e Terra. 2000
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