terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Infância Soft

     Borges e Cunha (2015), explicam que existe uma infância soft que é constantemente estampada em rótulos de produtos de higiene, alimentação e nas mídias. São imagens que demonstram uma infância composta de bebês brancos, com "dobrinhas", com aparência limpa e bem cuidada, que transmitem um ar de alegria, inocência e pureza. Contudo, está representação é irreal, pois ela atinge uma minoria da nossa sociedade brasileira. Por exemplo,  a maioria da população do nosso país  não é composta de brancos. 
    Segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual da população brasileira branca é 47,51%, contudo somando os pardos, negros, amarelos e indígenas o percentual é de 52,47%. Isto sem considerar o número de pessoas que se declaram brancas, por uma questão de não-aceitação do quesito étnico-racial.

Tabela 01: Características gerais da população - População presente e residente, por cor ou raça

Período
Branca
Preta
Parda
Amarela
Indígena
2010
47,51%
7,52%
43,42%
1,1%
0,43%

Fonte:IBGE, Censo Demográfico. Dados extraídos de: Tendências demográficas: uma análise dos resultados da amostra do censo demográfico 2000.Rio de Janeiro: IBGE, 2004: pp 25/26, Gráfico 2 e Censo Demográfico 2010.

                                                     Um pouco da infância soft...

Lenços umedecidos
Fraldas da marca Pampers para todos os tamanhos




Assista o vídeo clip do rapper Carlos Eduardo que faz referência as crianças que são excluídas nos processos de adoção. 

Será que os futuros pais estão à procura de um bebê soft?

ReferênciasBORGES, Camila Bettim; CUNHA Susana Rangel Vieira da. Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais.Textura, v. 17, n. 34, p. 99-111, 2015.


Um comentário:

  1. Iasmim? Ok eu sei! É atividade do PEAD/UFRGS. Mas, ... que tu tens o jeito pra postar, isso tem. Reconheço. Parabéns pelo trabalho! Conheci agora contigo o vídeo clip do rapper de Carlos Eduardo. Muito bom, dá para trabalhar em muita formação. Segue que estamos te acompanhando. Abraço, Betynha, Jacque e Professor Rafael (Equipe do Seminário Integrador - Turma D).

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