domingo, 28 de maio de 2017

Força!

Na interdisciplina de Organização e Gestão Escolar estamos estudando alguns conceitos que serão fundamentais para a compreensão e posterior posicionamento nos processos educacionais.  Gostaria de fazer um destaque  para o conceito de "FORÇA". Na semana passada, no momento de conceitua-lo com base nos meus conhecimentos, eu tive bastante dificuldade porque estava pensando no conceito dentro da área de física. Hoje com mais calma, e após algumas leituras cheguei a conclusão que este conceito esta estritamente relacionado com o "PODER".

Para que se possa exercer o poder é preciso que se tenha a força necessária para tanto. De acordo com Aranha (2003) a " força não significa necessariamente a posse de meios violentos de coerção, mas de meios que me permitam influenciar no comportamento de outra pessoa”
"O campo político é pois o lugar de uma concorrência pelo poder que se faz por intermédio de uma concorrência pelos profanos ou, melhor, pelo monopólio do direito de falar e de agir em nome de uma parte ou totalidade dos profanos" (BOURDIEU, 1998, p.185). Portanto, na politica as forças das ideias são capaz de mobilizar um grupo. 
Desta maneira, ao concluir esta atividade não pude deixar de relacionar com o nosso atual cenário politico. Quando o povo perceber o a importância da sua força, será capaz de realizar grandes mudanças.  

Referências:
ARANHA, Maria Lúcia Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando - Introdução à Filosofia. 3. Ed. São Paulo: Moderna, 2003. p. 438, pp. 213 - 225.
 BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Difel Ed, 1989


domingo, 21 de maio de 2017

LDB

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, criada em 1996, segundo Jamil Cury afirmou na aula inaugural na UFRGS (abril, 2017) que já sofreu mais de 200 alterações ao longo dos anos.
Uma das mais recentes alterações foi a Medida Provisória 746 que promove alterações na estrutura do ensino médio, ao meu ver esta alteração tem como objetivo fomentar a formação de mão de obra barata e despolitização dos estudantes. Penso que alterações como estas estão relacionadas com a Dupla Rede citada pelo Jamil Cury, onde há uma rede que conduz à formação de elites e um outra rede direcionada à educação profissional. Os estudantes do ensino público terão acesso a uma educação precária, e futuramente terão dificuldades de ingressar na faculdade, pois os processos seletivos exigem conteúdos que eles não terão oportunidade de aprender. Corremos o risco de viver um cenário de até pouquíssimos anos atrás onde o filho do trabalhador dificilmente ingressará na universidade.

Portanto, através destas alterações recentes, acredito que neste momento não é interessante reabrir a LDB para demais modificações. Penso, que se faz necessário é investimento na educação pública em todos níveis, porque escola com ensino de qualidade se faz com investimento para proporcionar condições adequadas de aprendizagem e aprimorar a formação de professores.  

terça-feira, 16 de maio de 2017

Tintas da Natureza

      Em uma das escolas em que leciono estamos trabalhando sobre a cultura indígena neste primeiro semestre. Como proposta de atividade diferenciada criamos "tintas com cores da natureza". Para isso selecionamos alguns elementos da natureza que possuem forte coloração, por exemplo: cenoura, beterraba, repolho roxo, sementes urucum, pó de café e espinafre. 

Segue abaixo o passo a passo utilizando como exemplo cenoura:

1. Corte a cenoura em fatias, e bata no liquidificador com um pouco de água.


2. Esprema o liquido com um pano, e leve ao fogo até ferver.











3. Após armazene em um vidro. A tinta é perecível, e deve ser armazenada na geladeira.




















Esta atividade foi realizada na Educação Infantil, com crianças de 1 a 2 anos, portanto não podemos realizar o procedimentos com eles. Contudo, levamos os produtos selecionados para que eles conhecessem.

Desenhos coletivos produzidos pelas crianças.

domingo, 7 de maio de 2017

Projeto de Aprendizagem: Dúvidas e Certezas

      Em minha turma, conforme o combinado na aula anterior, os estudantes iniciaram as pesquisas em suas residências sobre as suas respectivas perguntas. A turma estava inquieta, porém foi possível notar que alguns grupos trouxeram anotações em seus cadernos. Solicitei silêncio e atenção para escutar o que os colegas tinham para falar, e aos poucos a turma foi se acalmando.
    Os grupos apresentaram suas anotações e novas descobertas, contudo pude perceber que haviam grupos que não realizaram a pesquisa em casa. Após esta observação construímos uma tabela controle sobre a realização atividades que ocorrerão durante os Projetos de Aprendizagens.                     Construímos esta tabela não para envergonhar os grupos, mas sim para que eles pudessem observar o que fizeram até o momento e o que deixaram de fazer. Expliquei para a turma que a não realização de uma atividade provavelmente ela influenciaria na próxima prática.
      Cada grupo recebeu uma folha de ofício para escrever no papel as certezas e dúvidas com relação a pergunta. No início gerou-se uma confusão na turma, pois os estudantes não compreenderam por que deveriam elaborar dúvidas para a questão norteadora, já que a mesma já era uma dúvida. Porém, no decorrer da atividade eles foram percebendo que não haviam compreendido tudo sobre a questão norteadora, existindo assim pontos que precisavam ser esclarecidos. Portanto, estes “pontos” que precisavam ser esclarecidos eles identificaram como as dúvidas temporárias. Os estudantes sentiram-se mais confiantes na elaboração das certezas provisórias, pois os grupos que já haviam feito uma breve pesquisa em suas casas, e desta maneira já possuíam domínio suficiente do assunto para elaborar frases de afirmação (certeza) sobre o assunto.
     De acordo com Demo (2005, p. 07) " a aula que apenas repassa conhecimento, ou a escola que somente se define como socializadora de conhecimento, não sai do ponto de partida, e na prática atrapalha o aluno porque o deixa como objeto de ensino e instrução". Acredito que a realização dos Projetos de Aprendizagem tem oportunizado romper com a metodologia tradicional, onde o estudante recebe um conhecimento pronto, pois vejo que os alunos estão se movendo em busca da reposta das suas dúvidas, assumindo assim um papel de protagonista na construção do próprio conhecimento. 

Dúvidas e Certezas elaboradas por uma turma do 8º ano de uma Escola Estadual de Porto Alegre



Referências:

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 7. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.