A Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE garante a educação a todas crianças, jovens e adultos independente de serem pessoas com necessidades educacionais, facilitando assim o processo de inclusão dos estudantes. Neste mês saiu uma reportagem na Revista Nova Escola intitulada “O aluno por trás do laudo”. No texto há a citação da resolução n. 4 do MEC.
Na escola onde eu leciono, que faz parte da rede estadual de educação, contamos com uma sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), a professora responsável desenvolve atividades para auxiliar na construção do conhecimento dos alunos. Contudo, eu me questiono como ocorre a inclusão dos estudantes com necessidades educacionais em escolas que não tem esse apoio. Nestes casos, penso que o laudo seja importante para o professor saber quais serão as possíveis necessidades e dificuldades do estudante. É claro que a ausência dele não deverá impedir a criança de frequentar a escola.
“A deficiência é um conceito em evolução, de caráter multidimensional e o envolvimento da pessoa com deficiência na vida comunitária depende de a sociedade assumir sua responsabilidade no processo de inclusão, visto que a deficiência é uma construção social. (MAIOR, s/d, p.2). Pensando na questão de inclusão fica evidente a importância da comunidade escolar ( pais, professores, funcionários, gestores entre outros) de assumir a responsabilidade pelo processo de inclusão. E chamo a atenção para o papel dos órgãos públicos de disponibilizar recursos materiais e humanos para que esta inclusão seja efetiva.
Na escola em que eu leciono há diversos alunos com inclusão, após a realização do dossiê descobri que o número exato é de 39 estudantes. Eles apresentam deficiências, transtornos globais de desenvolvimento (TGD), e há também os estudantes com altar habilidades em determinadas áreas. Na minha sala de aula eu já tive alunos com deficiência visual (baixa visão) e intelectual. Nos sempre contamos com apoio da sala de atendimento especializado (AEE), mas é apenas um atendimento isolado (hora marcada ou auxilio em algum caso de emergência), não tem quem nos auxilie continuamente (turno inteiro). Não existem recursos materiais para auxiliar os estudantes, se eu quisesse criar um jogo para facilitar na aprendizagem, eu deveria construir com os meus próprios materiais. Infelizmente, quando a inclusão ocorre sem investimentos, os alunos e nós professores sofremos muito, mas aprendemos a resolver os problemas. Para o aluno com baixa visão eu costumava fazer a impressão de textos e atividades com letras grandes. Já os estudantes com deficiência intelectual sempre procuro desenvolver atividades que estejam próximas do seu nível intelectual.
Referências:
MAIOR, Izabel. História, conceito e tipos de deficiência. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2206621/mod_resource/content/1/Hist%C3%B3ria%2C%20conceito%20e%20tipos%20de%20defici%C3%AAncia.pdf. Acessado em 20 de out. de 2017.
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