domingo, 29 de maio de 2016

A Poesia Infantil e a Música

A poesia é um conteúdo poético que podemos encontrar no poema, mas também em narrativas literárias, crônicas e até em obras de arte que não utilizam a palavra: num quadro, numa fotografia, por exemplo. É a linguagem poética encontrada nessas obras que pode ser chamada de poesia”.
(Trecho extraído do material da interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem – PEAD - 2016)

E na música? Podemos encontrar poesia na música? Qual a relação da música com a poesia?


Se refletirmos sobre a trajetora de Vinícius de Moraes, veremos que ele circulou entre as duas modalidades artísticas: poesia e música


                              As borboletas - Vinicus de Moraes - Composição Cid Campos

Segundo Maria Cristina Aguiar a “música e poesia são duas artes da comunicação que vivem do som, da articulação, da expressão... Com valor em si mesmas, e não necessitando uma da outra para poder subsistir, os seus caminhos cruzam-se no universo fascinante da canção. O texto, outrora recitado, recebe uma nova roupagem e é articulado com sons definidos musicalmente. Por outro lado, a música recebe mais um componente, cuja articulação de vogais e consoantes vai contribuir para o enriquecimento do resultado final.”

Recentemente tenho escutado a dupla Palavra Cantada, eu acho as músicas deles ricas em poesia.

"Palavra Cantada é uma dupla musical infantil formada em 1994 por Paulo Tatit e Sandra Peres. É caracterizado por canções infantis de linhas marcantes, que prezam pela elaboração das letras, arranjos e gravações, com uma poética sensível e respeito à inteligência das crianças (Wikipedia) "  


"Todo ano ela vem e volta ano que vem
Vem para plantar, enfeitar a floresta
e toda natureza entra em festa"

Vocês conhecem alguma música recheada de poesia?


Referências:
Aguiar, Maria Cristina “Música e Poesia: A relação complexa entre duas artes da comunicação”. Disponível em. <http://www.ipv.pt/forumedia/6/13.pdf >


Poema e Poesia - Interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem – PEAD - 2016

Palavra Cantada - https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra_Cantada

sábado, 28 de maio de 2016

A hora de brincar

Recentemente eu iniciei uma atividade como monitora em uma escola de educação infantil em Porto Alegre. Estou acompanhando duas turmas de nível 3, as crianças têm de 3 a 4 anos. Estas últimas semanas têm sido um período de adaptação e de intensas aprendizagens, já que até então eu não havia trabalhando com crianças na educação infantil. Hoje eu venho fazer o relato sobre um dos momentos mais esperados por eles: a hora de brincar.

Já faz parte da rotina deles 30 min de pátio, e outros momentos durante o dia em que eles são convidados a brincar livremente, ou orientados a brincar de alguma brincadeira especifica pela professora. Hoje darei ênfase sobre o ato de brincar livremente.
  • Quando a criança está brincando ela está vivenciando várias situações, e aprendendo a resolvê-las.
  • Se a brincadeira é com outras crianças ela aprende a compartilhar os brinquedos, a ouvir o amigo, aprende a se tornar mais flexível na tomada das decisões
  • Quando a criança está brincando, ela está aprendendo e desenvolvendo habilidades sociais, motoras e linguísticas também.


 Brincar é coisa séria!


A minha experiência com Projetos de Aprendizagem (2)

A BUSCA PELAS RESPOSTAS
Nas semanas seguintes os alunos foram a procura das respostas, de acordo com as teorias construtivistas nos projetos de aprendizagens o professor assume um papel mediador, orientando os trabalhos. A procura de material para tentar responder as perguntas, de acordo com Demo (2005, pág. 21) "significa habituar o aluno a ter iniciativa, em termos de procurar livros, textos, fontes, dados informações. Visa-se superar a regra comum de receber as coisas pontas, sobretudo apenas reproduzir materiais existentes". Desta maneira, em nenhum momento eu trouxe as respostas aos alunos, eu auxiliei eles, forneci alguns materiais e entrei em contato com pessoas que poderiam auxiliar no trabalho. Os alunos foram autônomos, e os protagonistas na busca pelas respostas e na construção do trabalho escrito. 

A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
Conforme o combinado na data marcada os alunos apresentaram seus trabalhos aos colegas. A apresentação contou com alguns improvisos já que um grupo esqueceu os materiais para uma experiência. Contudo, como a escola é pequena e cooperativa, a equipe da cozinha emprestou os materiais (açúcar, sal e água morna) para realização do experimento. Os alunos apresentação domínio do conteúdo, seriedade e respeito ao trabalho dos colegas.

Por que utilizar projetos de aprendizagem?
Os projetos são construídos a partir do interesse do aluno, e eles são os protagonistas e autônomos durante todo o processo. Desta maneira, o professor assume o papel de mediador, auxiliando os alunos, mas permitindo que eles sejam emancipatórios.Notei que os alunos foram capazes de interpretar os textos, compreende-los, a  depois elaborar suas hipóteses. O autor Pedro Demo (2005, pág 24) identifica isso como a troca de posição de "informado" à informante, informativo e informador. 
Referências:
Demo, Pedro. Educar pela pesquisa. 7. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

A minha experiência com Projetos de Aprendizagem


Durante este semestre estamos aprendendo sobre Projetos de Aprendizagem na interdisciplina “Seminário Integrador III”, coincidentemente este foi o primeiro ano que eu fiz a minha primeira tentativa de construir projetos com os meus alunos do 9º ano na disciplina de ciências. Descreverei em duas postagens os meus objetivos, obstáculos e resultados com esta experiência.

A PREPARAÇÃO

Nas duas primeiras semanas do ano letivo eu leve para sala de aula um material sobre “Método Cientifico”, expliquei para os alunos o que era o método científicos, quais eram as principais etapas a sua importância, e por fim como registrar tudo isso em um texto único. Estimulei aos alunos a questionarem acontecimentos da natureza, a construírem perguntas sobre as suas curiosidades, levei alguns modelos de revistas científicas, alguns exemplos de experimentos e estipulei o prazo de uma semana para eles apresentarem o assunto ou “questão” que eles iram pesquisar.

OS QUESTIONAMENTOS

Segundo Demo (2005, pág. 08) a educação e a pesquisa se assemelham por ambas valorizarem o questionamento, como sendo a marca inicial do sujeito histórico; enquanto a pesquisa se alimenta da dúvida, de hipóteses alternativas de explicação e da superação constante de paradigmas, a educação alimenta o aprender a aprender".
No momento de apresentação das perguntas todos os grupos explicaram seus questionamentos, com exceção de um grupo de alunos que ficaram de apresentar em outro dia. Considerei as temáticas interessantes e pertinentes. Um grupo quis realizar o experimento do vulcão, no inicio achei que não era adequado para faixa etária, porém após conversar com o grupo descobri que eles nunca haviam feito nos anos anteriores, então para complementar o trabalho expliquei que eles deveriam fazer questões mais pertinentes como “que gases saem do vulcão no momento da erupção”, e/ou “como acontece a reação química fictícia do vulcão com bicarbonato de sódio e vinagre?”. Os alunos prontamente aceitaram. Portanto em uma turma de 13 alunos frequentes, formou-se quatro grupos com os seguintes questionamentos:

1. Vulcanismo – o que acontece dentro de um vulcão de verdade? E por que acontece reação química do vulcão vulcão com bicarbonato de sódio e vinagre?
2. A verdadeira água do entorno das nossas casas
3. Por que o fermento faz o bolo crescer?
4. O quarto grupo não elaborou perguntas
Referências:
Demo, Pedro. Educar pela pesquisa. 7. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.