sexta-feira, 24 de julho de 2015

Escola e cultura

     Segundo a autora Candau (2002, pg.5 ), a escola que hoje conhecemos, ainda está pautada em modelos antigos europeus, esta escola busca uma cultura homogênea e hegemônica. Portanto, tudo que não se enquadra neste padrão, infelizmente, tende a ser excluído ou deixado as margens.
     No ambiente de uma escola, que não valoriza a multiculturalidade, e não trabalha com a diversidade, ocorre o que o Alberto Noé (2000, p. 06) relata que “o êxito ou o fracasso das crianças na escola se explica pela distância de sua cultura ou língua em relação à cultura e à línguas escolares”. O aluno que não se encaixa nos padrões preestabelecidos pela sociedade, se sente deslocado, sente-se que não faz parte daquele grupo, e tende a se excluir. Esse processo de exclusão interfere diretamente no seu processo de aprendizagem.

     Portanto é necessário que as escolas modifiquem essa característica de exclusão e ou omissão de algumas culturas, e se torne um território multicultural, acolhendo todas as culturas, e estabelecendo relações harmônicas entre elas. A escola é o espaço onde os alunos, que possuem familiar desestruturado, com valores conservadores, e muitas vezes com regadas a preconceitos e ódios, tem a oportunidade de aprender a respeitar e valorizar as diferentes culturas, e diferenças entre eles. Eu penso, que para que essa mudança de fato ocorra, é importante que seja realizado um trabalho contínuo, e não somente em datas isoladas, como por exemplo, no dia da consciência negra, dia do índio.

Referências bibliográficas

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Educação & Sociedade, ano XXIII, no 79, Agosto/2002 PÁGINA 128-161

NÓE. ALVERTO. A relação Educação e Sociedade: Os fatores Sociais que Intervêm no Processo Educativo. . Revista Avaliação Universidade de Campinas. Campinas, vol. 5 nº 3 (17) ? setembro 2000.

O verdadeiro sentido de avaliar

     A minha primeira e grande dificuldade ao ingressar no magistério foi realizar a avaliação dos meus alunos. Eu sempre tive uma facilidade de criar vínculos afetivos, de dominar os conteúdos curriculares e os desenvolvê-los em aula de aula, porém meu maior obstáculo era avaliar. Durante este semestre, eu refleti sobre como tenho avaliado os meus alunos, e compreendi melhor o motivo pela qual avaliamos os nossos alunos.
     Segundo Alvarez Mendes (2002, pg. 82 ) a avaliação é uma oportunidade do aluno demonstrar o que sabe e como sabe. Quando o professor tem consciência de como o aluno está construindo o seu conhecimento, ele é capaz de intervir nesse processo, para reorientá-lo , estimulá-lo, corrigi-lo e acima de tudo valorizá-lo. Contudo, normalmente a avaliação é vista em grande parte das escolas, como uma atividade isolada, a fim de verificar o quanto o aluno sabe daquele determinado assunto, e atribuindo notas. As notas, por sua vez, são utilizadas para somar em um escore total no final do ano letivo, classificando os alunos como “aprovados” ou “reprovados”.


     Loch (2014, pg. 133), explica que a avaliação deve ser “continua, participativa, diagnóstica e investigava”. Ao refletir sobre a minha prática avaliativa com os meus alunos, percebo na minha escola que a avaliação ocorre diariamente e continuamente ao longo do ano. Porém, a cada trimestre a avaliação do aluno é transformada em valores numéricos. Desta realidade, eu não posso me desvincular, pois é o modelo de avaliação escrito no Projeto Politico Pedagógico da escola. Contudo, a forma como avalio os meus alunos no decorrer do trimestre, posso mudá-la e torná-la mais significativa para os meus alunos. É preciso que eu abandone as avaliações com o objetivo de “testar” os conhecimentos deles, e ao invés disso busque conhecer o que eles aprenderam e as dificuldades que eles possuem, para que eu possa identificá-las e auxiliá-los a superá-las.

Referências bibliográficas

ALVAREZ MENDEZ, J. M. Avaliação como atividade crítica do conhecimento. Cap 6 (p.81-89). In: ALVAREZ MENDES, J. M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002

LOCH, Jussara Margareth de Paula. Avaliação na escola cidadã. In: ESTEBAN, Maria Teresa (Org) Avaliação uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro. DP&A Editores, 2004. P. 129-142.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

 Compartilho com vocês um registro da paralisação nacional do dia 29 de maio de 2015. Estes são os meus colegas da Escola Estadual de Educação Básica Fernando Gomes, nós somos contra a terceirização e toda tentativa de retirada dos direitos dos trabalhadores!
É inadmissível que no atual cenário da educação estadual nós nos calemos. Juntos nós somos mais fortes para garantir os nossos direitos!



domingo, 17 de maio de 2015

Uma reflexão sobre a rigidez das nossas aulas…

     Ontem à noite eu li o texto “Respostas do ensino à dispersão do conhecimento: esclarecimento conceitual. In: Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo” do autor Antonio Zabala, e refleti sobre algumas coisas:

1) Na maioria das vezes, nós fazemos dicotomias com os temas que desenvolveremos em sala de aula, oferecendo assim para os nossos alunos a oportunidade de construir um conhecimento fragmentado. Por exemplo, se o tema for água, então em ciências nós abordaremos as características da água potável. Porém se for para falar sobre bacias geográficas é com o professor de geografia.

2) Nós somos condicionados a seguir um planejamento curricular. Estes dias um aluno veio me questionar porquê nós não poderíamos estudar a água. Eu justifiquei dizendo que estávamos seguindo uma ordem de conteúdos, e que o demoraria um pouco para estudarmos a água.

     Depois eu cheguei em casa, e fiquei pensando sobre essa a minha atitude. Por quê afinal não poderíamos trabalhar a água agora? Segundo Zabala um dos métodos globalizados seria Projetos de trabalho global, onde os alunos escolhem um tema e a partir disto buscam como resultado final a realização de um dossiê sobre o tema. Para realização deste dossiê, é necessário que os alunos aprendam e dominam alguns conceitos e conteúdos sobre tema.

Estamos encerrando o primeiro trimestre letivo, e estou pensando em no próximo trimestre trabalhar através de projetos 

Atividade da semana – Os solos

Já faz aproximadamente um mês que estou desenvolvendo, com os meus alunos do sexto ano, o tema “O solo”. Nas duas últimas semanas estávamos estudando três tipos de solos: arenoso, argilo e humífero. Portanto, para realização de uma atividade prática, eu solicitei que eles trouxessem de casa uma pequena amostra de cada tipo de solo.


A atividade consistia em coletar o material, trazer para escola, classificá-lo e descrever algumas carateristas de cada tipo de solo. Os alunos gostaram bastante, pois saiu do convencional, que estávamos realizando.








Já combinamos de fazermos outras atividades! 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O DIA DAS MÃES NAS ESCOLAS (?)



Hoje eu parei para refletir sobre o dia das mães nas escolas. Grande parte das escolas se prepara para comemorar este dia com as crianças e mães nas escolas. O fato que é depois que iniciei os meus estudos no PEAD, eu tenho percebido que as nossas escolas são construídas com base em modelos tradicionais, e uma destas marcas é o “Dia das mães”. Hoje sabe-se que a atual configuração da família brasileira não tem como base uma mãe e um pai. As nossas crianças são criadas muitas vezes somente pelo pai ou pela mãe, ou pelos avós, ou pelos tios. Portanto eu acredito que o ideal seriamos comemorar O DIA DA FAMÍLIA




O que vocês pensam sobre isso colegas?

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A Escola e a modernidade

    Hoje eu reservei a manhã e a tarde para realizações das atividades do PEAD. A primeira tarefa que resolvi iniciar foi da interdisciplina “Escola, Cultura e Sociedade: abordagem sociocultural e antropológica”, como solicitado eu li o artigo Um olhar sobre a educação moderna no século XXI.MISSIO, Luciano; CUNHA, Jorge L. Eu gostaria de destacar algo que me chamou a atenção no artigo: o papel do professor na educação moderna.
    Nós, as crianças e adolescentes somos bombardeados por informações a todo o tempo. Porém, até então eu não havia refletido sobre qual seria a melhor maneira de lidarmos com isto. 

   Os jornais, redes sociais, televisão e outras ferramentas de divulgação são excelentes para propagar notícias e informações. Contudo estas informações já vêm com opiniões embutidas. Eu concordo com os autores do artigo, quando eles afirmam que nós como escola, devemos receber e valorizar essas informações, mas também ensinar os nossos alunos a questiona-las.