Um dos assuntos que sempre esteve presente no meu blog de maneira direta ou indireta foi o descaso com a educação púbica ( 1 , 2 e 3) .Para quem é da rede estadual foram quatro anos sob o governo do Sartori, e agora em 2019 estaremos sob o governo do Eduardo Leite, os dois partidos possuem histórico de desvalorização do serviço público.
A falta de investimentos em educação já se tornou "normal", escolas com estruturas físicas precárias, ausência de materiais didáticos e super lotação nas salas de aula é algo corriqueiro. Já são quatro anos sem reajuste salarial, recebendo parcelado ou atrasado. Em consequência dos baixos salários os professores se veem obrigados fazer uma carga horaria dobrada, existem profissionais que trabalham 60h semanais.
Como isso repercute na saúde do professor?
Infelizmente somos categoria que vive constantemente com sentimento da insegurança, instabilidade e um mal- estar generalizado. Há que desenvolva doenças físicas e psicológicas (Tabeleão; Tomasi e Neves, 2011). Somos uma categoria de profissionais que trabalha diariamente com outros sujeitos, e portanto como estamos e nos sentimos não deveria interferir no nosso trabalho, mas infelizmente, interfere. De acordo com Tabeleão; Tomasi e Neves ( 2011, p. 2401)
O trabalho do docente sempre inclui outros sujeitos na mais tenra idade e em plena formação. Quando ocorrem prejuízos nas condições de trabalho e, consequentemente, na qualidade de vida do professor, há um efeito multiplicador na vida dos demais sujeitos envolvidos e no resultado do seu próprio trabalho.
Em tempo, as autoras (Tabeleão; Tomasi e Neves 2011, p. 2401) sugerem atividades que gerem aproximiação entre os colegas com objetivo de diminuir a tendencia dos profissionais criarem expectativas profissionais difíceis de ser alcançar. Dessa maneira, seria possível pensar metas realistas, assim como a busca por melhores condições de trabalho.
Referências Bibliográficas
TABELEÃO, Viviane Porto; TOMASI, Elaine; NEVES, Siduana Facin. Qualidade de vida e esgotamento profissional entre docentes da rede pública de Ensino Médio e Fundamental no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 27, p. 2401-2408, 2011.
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