Eu já havia escrito sobre a avaliação no primeiro semestre do PEAD. O processo de avaliação não é algo simples e linear, e eu penso que quando esse não ocorre da maneira correta acarreta danos aos estudantes e também a própria estrutura escolar.
Hoje podemos acompanhar no censo escolar e nas grandes mídias o alto numero de alunos em distorção de idade-ano. É possível fazer várias reflexões acerca desse dado, afinal o que ocasionaria esse fenômeno? A dificuldade de aprendizagem dos estudantes? O processo avaliativo realizado de maneira a considerar o estudante apenas "apto " ou "não apto"? O desinteresse dos estudantes na escola o que evaria a ausência deles em sala de alua, e consequentemente a reprovação "por faltas "?
Conforme já mencionado as possíveis causas são muitas, e podem estar relacionadas com inúmeros fatores. Portanto, focarei apenas na questão da avaliação. De acordo com Perrenoud e Thurer (2009, p. 25) a avaliação deve ser "formativa passar pela regulação do investimento dos estudantes mais do que as notas ou classificações". Os autores com base em Wiggins ( 989) descreveram algumas características importantes para avaliação formativa:
Essas são dicas valiosas sobre o processo avaliativo, mas esse continua sendo um desafio para muitos docentes, inclusive para mim, pois trabalhamos em sala de aulas cheias, com estudantes com dificuldades de aprendizagem e também deficiências cognitivas, lidar com essa pluralidade em uma escoa que não tem estrutura, material didático e nem apoio pedagógico é difícil. Por isso é norma encerrar o ano letivo com peso na consciência pela sensação de que deveríamos ter feito mais e melhor, mas infelizmente não conseguimos.
PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica Gather. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Artmed Editora, 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário