sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

ECOTerrenão - Aprendizagens em contato com a natureza

Colegas e professores,


compartilho com vocês um breve relado de uma das minhas últimas experiências. Recentemente eu fui convidada pela Bióloga Letícia Camacho Escobar para fazer parte da sua equipe em dois encontros com o mesmo objetivo, mas com públicos diferentes. O primeiro encontro envolveu duas turmas do 1º ano do Ensino Médio de uma rede de escolas particulares de Porto Alegre, e o segundo encontro foi realizado com três turmas do 3º ano dos anos iniciais.



Sobre o que era o encontro?

   
 O encontro foi para a realização de atividades práticas com os alunos no ECOTerrenão. O objetivo das práticas realizadas nestes dois encontros foi exercitar e motivar a sensibilização ambiental através do lúdico. O que move o projeto é o ideal de nova ordem de percepção estimula-resposta com o meio. Motivando o individuo a reflexão adotando outro posicionamento nas questões ambientais” (Frase citada pela bióloga Letícia Escobar).



"ECOTerrenão é um Centro de Estudos. Ele foi idealizado em 2013 e suas atividades iniciaram no ano de 2014. Localizado no município de Glorinha a uma hora de Porto Alegre com acesso pela BR 290 e RS 118 o Terrenão conta com uma área privada de 3,5 hectares e infraestrutura adequada para receber grupos de estudos/visitantes que buscam passar o dia ou pernoitar em área de camping. Anteriormente à implantação do Centro de Estudos a área era utilizada para pastoril e criação de bovinos. Atualmente mantém-se em monitoramento constante para que ocorra o processo de restauração ecológica. Dentre os esforços que permeia o processo de restaurar, objetiva-se alcançar um ou mais atributos valorizados de uma paisagem e/ou atingir uma condição muito próxima àquela antes da perturbação ambiental. Atualmente operam na área, profissionais Biólogos e estudantes de Ciências Biológicas, coordenados pela bióloga proprietária Letícia O. C. Escobar e a bióloga analista ambiental Aline Carvalho." - Texto retirado do site www.terrenao.com.br




Nestes dias fiquei responsável pelas atividades de observação e identificação de aves. Para fazer está atividade eu pude ter a honra e o prazer de estar acompanhada das acadêmicas do curso de Ciências Biológicas do IPA: Jusisiene Justo, Amanda Netto e Paula Marinho.





1º Encontro- Alunos do 1º ano do Ensino Médio
No dia 19 de novembro, nós primeiramente realizamos um momento de troca de informações referente as aves, e alguns esclarecimentos sobre como observar estes animais. Após realizamos um jogo de memória, onde os adolescentes deveriam relacionar o nome da espécie com a sua fotografia. Para auxiliá-los neste momento, confeccionamos um mural com todas as espécies de aves que já foram vistas no EcoTerrenão, que seriam as mesmas que eles encontrariam no jogo. Enquanto isto os alunos eram convidados para subir ao observatório aves para que pudessem viver a experiência de observar aves com o auxílio de binóculos.










2º Encontro – Alunos do 3º ano do Ensino Fundamental
No dia 24 de novembro foi a vez das crianças participarem da atividade. O início foi semelhante ao da semana anterior, porém o diferencial com os pequenos foi que além do jogo e da observação de aves, eles tiveram a oportunidade de pintar com tinta tempera as aves que são vistas no EcoTerrenão.









     Quando eu participo ou realizo saídas de estudos com os meus alunos, vejo a oportunidade que eles têm de colocar em prática o que foi construído dentro da instituição escolar. E eles conseguem  ir mais além e elaborar novos conhecimentos, pois em um ambiente livre e orientados por mediadores, penso que desta maneira eles tem a oportunidade de vivenciar os quatro conhecimentos necessários para uma aprendizagem efetiva. E o melhor eles aprendem brincando e interagindo entre os pares! Algo que já falamos aqui!






Maiores informações:  EcoTerrenão - https://www.facebook.com/ceffglorinha/?fref=ts


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Jogos, brincadeiras e atividades lúdicas

     Conforme Rangel (2008) existem quatro tipos de conhecimentos que devem ser trabalhados durante o processo de alfabetização, são eles: o social, o físico, o motor e lógico. Sendo assim, para cada conhecimento é preciso adotar estratégias diferentes. (Já fiz uma postagem sobre este assunto)

     Eu penso que a utilização de diferentes estratégias pedagógicas não precisa ficar restrita ao ato de alfabetizar, pois mesmo depois que uma criança é alfabetizada ela continua aprendendo através destes quatro tipos de conhecimentos. Uma metodologia pedagógica pode funcionar com o aluno X, mas não necessariamente com o aluno Y. Portanto, penso que seja essencial que os professores utilizem diferentes métodos dentro da sala de aula. 

Gostaria de dividir com vocês algumas atividades diferenciadas que realizei com as minhas turmas dos anos finais do ensino fundamental, dentro da disciplina de ciências.

1) Jogo sobre alguns conceitos que utilizamos em sala de aula – Jogo da memória construído pelos alunos do 7º ano com alguns conceitos de ciências/biologia.

2) Atividade de cadeia alimentar com massa de modelar – Atividade realizada pelos anos do 6º ano, onde eles construíram cadeia alimentares com massa de modelar.
Planta - Inseto - Sapo- Serpente - Gavião
3)A sala dos sentidos – Atividade organizada pelos alunos do 8º ano sobre os 5 sentidos. A turma aplicou práticas com as crianças do 1º ano do E.F.

     Recentemente nos assistimos o filme "Carambola: O Brincar está na escola" na interdisciplina de infâncias. A Maria Lucia Medeiros expôs no vídeo, que nós estamos treinados a acreditar que a concentração é sinônimo de quietude, e que só se aprenderá se estivermos concentrados e em silêncio. Contudo, a quietude não funciona para todas as crianças e adolescentes, pelo contrário o ato de conversar e interagir também estão relacionados com a aprendizagem. Desta maneira sempre que possível procuro realizar atividades que promovam a interação entre os pares, pois acredito que está é forma de troca de saberes e construção de aprendizagens. 



Referências:
RANGEL, Anna Maria Píffero. Alfabetizar aos seis anos. Editora Mediação. Porto Alegre, 2008.
Carambola: O Brincar está na escola”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_lQWGDV81Vs - Acessado em 03 dez. de 2015.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Alfabetização e Letramento


Segundo Soraes (1998) alfabetização e letramento têm significados bem diferentes.


Alfabetização é compreendida como "o ensino e o aprendizado de uma outra tecnologia de representação da linguagem humana, a escrita alfabético-ortográfica" (p. 24).

Letramento é “o conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da língua em práticas sociais e necessários para uma participação ativa e competente na cultura escrita.” (p. 50).

Desta maneira nos podemos encontrar crianças alfabetizadas e não letradas ou crianças letradas mas não alfabetizadas


Como isso ocorre?

- Uma pessoa pode ser analfabeto (não saber ler e nem escrever), mas dita uma carta ou email para uma pessoa que sabe escrever. Solicita que alguém leia uma reportagem ou texto e consegue interpretá-lo. 


-Uma pessoa pode ser alfabetizada (saber ler e escrever), mas não consegue construir ou interpretar um texto. Além disso não tem hábito de ler revistas, jornais ou livros. 

O segundo caso é conhecido também como "analfabeto funcional". No ambiente escolar é comum encontrarmos pessoas que são alfabetizadas, porém não são letradas. Quando eu penso nas minhas turmas de 6º ano, eu vejo alguns alunos que sabem ler e escrever, mas possuem uma grande dificuldade de interpretar um texto, responder questões onde é necessário expor a opinião, ler reportagens de 2 páginas e construir  textos.  Eu concordo com a Magda Soares, quando ela afirma que é necessário alfabetizar letrando para que a criança perceba a importância da leitura. Ler é uma  maneira que temos de  aprender sempre. 

De modo geral, o que mais se vê é a preocupação de fazer os estudantes decodificarem a língua. E só. Muitas agem assim por acreditar que, num passe de mágica, todos se tornem capazes de compreender os textos de um livro de Ciências Naturais ou de descobrir o melhor jeito de localizar um endereço no mapa. "Isso é um erro", resume Magda Soares, professora da Faculdade de Educação e membro do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais. "Não é porque os processos de alfabetização e de letramento são diferentes que devem ser sucessivos. O ideal é alfabetizar letrando."   (Trecho retirado da revista Nova Escola - Letramento de verdade)


Referências: 

SOARES, Magda Becker. Letramento, um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Editora Autêntica, 1998.


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Literatura Infantil Étnico-racial

As lendas de Dandara - Jarid Arraes 
Quanto a questão étnico-racial, percebe-se um aumento na produção de literatura infantil que aborda questões étnico-raciais. Segundo os autores Kirchof, Bonin e Silveira (2015), este fato acontece em decorrência do tema transversal “diversidade cultural", proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), assim como o sancionamento em 2013 da Lei 10.639, que institui a obrigatoriedade do ensino da cultura e história afro-brasileira e africanas. Posteriormente houve também a Lei 11.645/2008 que acrescenta o ensino e a história indígena. No  moodle nós compartilhamos algumas obras literárias que abordam a questão étnico-racial.  


O mundo começa na cabeça
- Prisca Agustini

Eu percebo em sala de aula e também no convívio com crianças em outros meios ( por exemplo a família), o quão importante é que a criança se identifique com um personagem. Eu acredito que isso estimula o protagonismo e empoderamento das nossas crianças.   Entretanto, são poucas animações (séries e longa metragens) que trazem como um personagem principal um negr@. Por este motivo eu gostaria de indicar algumas animações que trazem personagens negras no enredo central:



1) Cada um na sua casa - DreamWorks


2)Kiriku - Direção de Michel Ocelot


3) Doutora Brinquedos 



"Por que não existem princesas negras?Onde estão as princesas como eu?Dandara estava encucada. A resposta da mãe era complicada e a da vovó também não convencia.Em meio a tantas perguntas alguém apareceu… alguém que iria mudar para sempre o mundo da Dandara.Era uma menina diferente. Tinha cabelo curtinho, roupa com estampa colorida e lindas joias. Sua pele era marrom, um marrom escuro da cor do café, e seus olhos brilhantes como as pérolas negras do colar da bisa."


(Dandara e princesa perdida - Maíra Suertegary)



Referências Bibliográficas: KIRCHOF, Edgar; BONIN, Iara, SILVEIRA, Rosa Hessel. A diferença étnico-racial em livros brasileiros para crianças: análise de três tendências contemporâneas. Revista Eletrônica de Educação, v. 9, n. 2, p. 389-412, 2015.

Infância Soft

     Borges e Cunha (2015), explicam que existe uma infância soft que é constantemente estampada em rótulos de produtos de higiene, alimentação e nas mídias. São imagens que demonstram uma infância composta de bebês brancos, com "dobrinhas", com aparência limpa e bem cuidada, que transmitem um ar de alegria, inocência e pureza. Contudo, está representação é irreal, pois ela atinge uma minoria da nossa sociedade brasileira. Por exemplo,  a maioria da população do nosso país  não é composta de brancos. 
    Segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual da população brasileira branca é 47,51%, contudo somando os pardos, negros, amarelos e indígenas o percentual é de 52,47%. Isto sem considerar o número de pessoas que se declaram brancas, por uma questão de não-aceitação do quesito étnico-racial.

Tabela 01: Características gerais da população - População presente e residente, por cor ou raça

Período
Branca
Preta
Parda
Amarela
Indígena
2010
47,51%
7,52%
43,42%
1,1%
0,43%

Fonte:IBGE, Censo Demográfico. Dados extraídos de: Tendências demográficas: uma análise dos resultados da amostra do censo demográfico 2000.Rio de Janeiro: IBGE, 2004: pp 25/26, Gráfico 2 e Censo Demográfico 2010.

                                                     Um pouco da infância soft...

Lenços umedecidos
Fraldas da marca Pampers para todos os tamanhos




Assista o vídeo clip do rapper Carlos Eduardo que faz referência as crianças que são excluídas nos processos de adoção. 

Será que os futuros pais estão à procura de um bebê soft?

ReferênciasBORGES, Camila Bettim; CUNHA Susana Rangel Vieira da. Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos visuais.Textura, v. 17, n. 34, p. 99-111, 2015.


domingo, 11 de outubro de 2015

O desafio de alfabetizar

Eu nunca trabalhei com uma turma de alfabetização, mas sempre me encantei por este processo... imaginem...você inicia o ano com uma turma cheia de crianças com vontade de aprender a ler, e no final do ano, grande parte das crianças já estão lendo suas primeiras palavras.


É lindo né?


Neste semestre, estou cursando uma interdisciplina chamada “fundamentos da alfabetização”. Eu aprendi que a alfabetização inicia por volta dos três meses de idade, e não somente quando a criança ingressa na escola. E tenho percebido que alfabetizar é um grande desafio, que exige do professor uma dedicação enorme para que o processo de alfabetização seja finalizado com louvor.


Rangel (2008), ressalta a importância de reconhecer que existem quatro tipos de conhecimentos que devem ser trabalhados durante a alfabetização. Desta maneira, para cada tipo de conhecimento, é necessário adotar estratégias diferentes.


1) Social - Trata-se de uma convenção de um grupo social e varia de povo para povo. É necessário que uma pessoa que saiba explique para a que ainda não sabe.
2) Físico – É o conhecimento que pode ser adquirido através do manuseio direto dos objetos.
3) Motor - Está relacionado com a melhoria que se obtém quando se realiza um exercício.
4)Lógico – Ele é decorrente de um estabelecimento de relações e que precisa dos outros tipos de conhecimentos para ocorrer.

Referência Bibliográfica:
RANGEL, Anna Maria Píffero. Alfabetizar aos seis anos. Editora Mediação. Porto Alegre, 2008.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Olá colegas e professores!

Na segunda-feira, nos reunimos para aula presencial da interdisciplina “Seminário Integrador”. Neste dia acolhemos oficialmente as nossas novas colegas da pedagogia. Para o acolhimento foi feito uma dinâmica, que resultou nesta nuvem de tags.


A dinâmica constitua em escolher uma palavra para “entregar” para as calouras do curso. A minha palavra foi “ SUPERAÇÃO”. O PEAD, nos traz muitos desafios, porém com dedicação e o apoio das colegas, tutores e professores conseguimos superá-los.



Sejam todos bem-vindos!


domingo, 20 de setembro de 2015

Infância

Colegas, após a reflexão sobre o que é a infância... Cheguei a conclusão que esta é uma fase muito importante, pois nela inicia-se a formação do nosso carácter  e a construção de valores que poderão ser carregados durante a nossa vida.

Compartilho com vocês a música Bola de Meia, Bola de Gude do Milton Nascimento que relata que:

 "Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão...

... E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade, alegria e amor
..."





segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Apresentação do Workshop


      A apresentação do workshop foi a parte mais tranquila do trabalho, mas eu só percebi isso depois que ela terminou. Hehehe
     No primeiro momento, eu estava muito nervosa por apresentar o meu trabalho para uma banca. Porém, no instante em que eu reconheci as minhas colegas, eu me senti mais confiante e segura. Por este motivo, eu afirmo que as colegas foram muito importante nesta fase, pois através dos seus olhares e sorrisos me apoiaram durante a minha apresentação.
     Eu acredito que neste momento, onde eu assisti a apresentação das minhas colegas, e do Ederson, foi etapa do semestre onde correu a maior tronca de experiências, portanto foi um momento rico de aprendizagens.


Resumindo: o Workshop foi o momento onde eu me reconheci nas aflições, duvidas e anseios dos meus colegas, e me tranquilizei quando encontrei apoio neles. Que venha o próximo semestre!

domingo, 30 de agosto de 2015

Elaboração da Síntese Reflexiva para o Workshop


    A construção do texto da Síntese Reflexiva foi um momento de aprofundamento e reflexão sobre todos os conteúdos trabalhados durante o semestre. A atividade exigia uma fundamentação teórica, o que me fez reler os textos, e buscar referências bibliográficas complementares para que o meu trabalho final pudesse ter um bom embasamento.
Além disso, foi necessário cumprir algumas exigências como o limite de números de páginas, regras da ABNT, capa etc. Todos estes elementos foram importante para que os textos estivesse dentro de um padrão.

    Após a construção e envio do texto, recebemos um retorno dos professores com os ajustes que precisavam ser realizados. Este acontecimento foi muito importante, pois consegui perceber que o meu trabalho havia sido lido com atenção, e notei os pontos que precisavam ser melhorados e/ou corrigidos. 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Aprendizagens sobre o processo de preparação e organização do Workshop


      O processo de elaboração do Workshop foi um momento muito importante, e uma atividade excelente de encerramento para o semestre. Acredito que esta foi uma etapa de retomada de tudo o que foi desenvolvido nas interdisciplinas Corporeidade – Epistemologia e Vivência do Aprender; Escola, Projeto Pedagógico e Currículo; e Escola, Cultura e Sociedade: Uma abordagem Sociocultural e Antropológica. Durante a preparação, eu pude visualizar a interdisciplinaridade, ao perceber como as “disciplinas” completavam umas as outras.
     Entretanto, esta etapa envolveu vários sentimentos, como por exemplo, a ansiedade e curiosidade. Eu e as minhas demais colegas, estávamos curiosas para saber como seria este momento. E também ansiosas, pois as informações demoravam para chegar até nós, e quando chegavam eram conflitantes com as instruções já fornecidas. Este conflito gerou um pouco de nervosismo, e estresse.
     Contudo, aos poucos a ansiedade, o estresse e o nervosismo foram passando, e foi-se construindo um ambiente de concentração, e produção da síntese com as aprendizagens do primeiro semestre do curso de Pedagogia.  

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Os animais

     Esta atividade está sendo realizada com os meus alunos do 7º ano na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Sylvio Torres.


     esse ano letivo estudaremos os seres vivos. Iniciamos no mês de junho mês um trabalho que envolve a escrita de "Livro" com as características dos animais, e a confecção de miniaturas. 



O primeiro grupo de animais que estudamos foi os Poríferos, conhecidos como esponjas.


Na semana seguinte  foi a vez dos CnidáriosNossos alunos fizeram água-vivas e anêmonas-do-mar


Escola e cultura

     Segundo a autora Candau (2002, pg.5 ), a escola que hoje conhecemos, ainda está pautada em modelos antigos europeus, esta escola busca uma cultura homogênea e hegemônica. Portanto, tudo que não se enquadra neste padrão, infelizmente, tende a ser excluído ou deixado as margens.
     No ambiente de uma escola, que não valoriza a multiculturalidade, e não trabalha com a diversidade, ocorre o que o Alberto Noé (2000, p. 06) relata que “o êxito ou o fracasso das crianças na escola se explica pela distância de sua cultura ou língua em relação à cultura e à línguas escolares”. O aluno que não se encaixa nos padrões preestabelecidos pela sociedade, se sente deslocado, sente-se que não faz parte daquele grupo, e tende a se excluir. Esse processo de exclusão interfere diretamente no seu processo de aprendizagem.

     Portanto é necessário que as escolas modifiquem essa característica de exclusão e ou omissão de algumas culturas, e se torne um território multicultural, acolhendo todas as culturas, e estabelecendo relações harmônicas entre elas. A escola é o espaço onde os alunos, que possuem familiar desestruturado, com valores conservadores, e muitas vezes com regadas a preconceitos e ódios, tem a oportunidade de aprender a respeitar e valorizar as diferentes culturas, e diferenças entre eles. Eu penso, que para que essa mudança de fato ocorra, é importante que seja realizado um trabalho contínuo, e não somente em datas isoladas, como por exemplo, no dia da consciência negra, dia do índio.

Referências bibliográficas

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Educação & Sociedade, ano XXIII, no 79, Agosto/2002 PÁGINA 128-161

NÓE. ALVERTO. A relação Educação e Sociedade: Os fatores Sociais que Intervêm no Processo Educativo. . Revista Avaliação Universidade de Campinas. Campinas, vol. 5 nº 3 (17) ? setembro 2000.

O verdadeiro sentido de avaliar

     A minha primeira e grande dificuldade ao ingressar no magistério foi realizar a avaliação dos meus alunos. Eu sempre tive uma facilidade de criar vínculos afetivos, de dominar os conteúdos curriculares e os desenvolvê-los em aula de aula, porém meu maior obstáculo era avaliar. Durante este semestre, eu refleti sobre como tenho avaliado os meus alunos, e compreendi melhor o motivo pela qual avaliamos os nossos alunos.
     Segundo Alvarez Mendes (2002, pg. 82 ) a avaliação é uma oportunidade do aluno demonstrar o que sabe e como sabe. Quando o professor tem consciência de como o aluno está construindo o seu conhecimento, ele é capaz de intervir nesse processo, para reorientá-lo , estimulá-lo, corrigi-lo e acima de tudo valorizá-lo. Contudo, normalmente a avaliação é vista em grande parte das escolas, como uma atividade isolada, a fim de verificar o quanto o aluno sabe daquele determinado assunto, e atribuindo notas. As notas, por sua vez, são utilizadas para somar em um escore total no final do ano letivo, classificando os alunos como “aprovados” ou “reprovados”.


     Loch (2014, pg. 133), explica que a avaliação deve ser “continua, participativa, diagnóstica e investigava”. Ao refletir sobre a minha prática avaliativa com os meus alunos, percebo na minha escola que a avaliação ocorre diariamente e continuamente ao longo do ano. Porém, a cada trimestre a avaliação do aluno é transformada em valores numéricos. Desta realidade, eu não posso me desvincular, pois é o modelo de avaliação escrito no Projeto Politico Pedagógico da escola. Contudo, a forma como avalio os meus alunos no decorrer do trimestre, posso mudá-la e torná-la mais significativa para os meus alunos. É preciso que eu abandone as avaliações com o objetivo de “testar” os conhecimentos deles, e ao invés disso busque conhecer o que eles aprenderam e as dificuldades que eles possuem, para que eu possa identificá-las e auxiliá-los a superá-las.

Referências bibliográficas

ALVAREZ MENDEZ, J. M. Avaliação como atividade crítica do conhecimento. Cap 6 (p.81-89). In: ALVAREZ MENDES, J. M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002

LOCH, Jussara Margareth de Paula. Avaliação na escola cidadã. In: ESTEBAN, Maria Teresa (Org) Avaliação uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro. DP&A Editores, 2004. P. 129-142.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

 Compartilho com vocês um registro da paralisação nacional do dia 29 de maio de 2015. Estes são os meus colegas da Escola Estadual de Educação Básica Fernando Gomes, nós somos contra a terceirização e toda tentativa de retirada dos direitos dos trabalhadores!
É inadmissível que no atual cenário da educação estadual nós nos calemos. Juntos nós somos mais fortes para garantir os nossos direitos!



domingo, 17 de maio de 2015

Uma reflexão sobre a rigidez das nossas aulas…

     Ontem à noite eu li o texto “Respostas do ensino à dispersão do conhecimento: esclarecimento conceitual. In: Enfoque Globalizador e Pensamento Complexo” do autor Antonio Zabala, e refleti sobre algumas coisas:

1) Na maioria das vezes, nós fazemos dicotomias com os temas que desenvolveremos em sala de aula, oferecendo assim para os nossos alunos a oportunidade de construir um conhecimento fragmentado. Por exemplo, se o tema for água, então em ciências nós abordaremos as características da água potável. Porém se for para falar sobre bacias geográficas é com o professor de geografia.

2) Nós somos condicionados a seguir um planejamento curricular. Estes dias um aluno veio me questionar porquê nós não poderíamos estudar a água. Eu justifiquei dizendo que estávamos seguindo uma ordem de conteúdos, e que o demoraria um pouco para estudarmos a água.

     Depois eu cheguei em casa, e fiquei pensando sobre essa a minha atitude. Por quê afinal não poderíamos trabalhar a água agora? Segundo Zabala um dos métodos globalizados seria Projetos de trabalho global, onde os alunos escolhem um tema e a partir disto buscam como resultado final a realização de um dossiê sobre o tema. Para realização deste dossiê, é necessário que os alunos aprendam e dominam alguns conceitos e conteúdos sobre tema.

Estamos encerrando o primeiro trimestre letivo, e estou pensando em no próximo trimestre trabalhar através de projetos 

Atividade da semana – Os solos

Já faz aproximadamente um mês que estou desenvolvendo, com os meus alunos do sexto ano, o tema “O solo”. Nas duas últimas semanas estávamos estudando três tipos de solos: arenoso, argilo e humífero. Portanto, para realização de uma atividade prática, eu solicitei que eles trouxessem de casa uma pequena amostra de cada tipo de solo.


A atividade consistia em coletar o material, trazer para escola, classificá-lo e descrever algumas carateristas de cada tipo de solo. Os alunos gostaram bastante, pois saiu do convencional, que estávamos realizando.








Já combinamos de fazermos outras atividades! 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O DIA DAS MÃES NAS ESCOLAS (?)



Hoje eu parei para refletir sobre o dia das mães nas escolas. Grande parte das escolas se prepara para comemorar este dia com as crianças e mães nas escolas. O fato que é depois que iniciei os meus estudos no PEAD, eu tenho percebido que as nossas escolas são construídas com base em modelos tradicionais, e uma destas marcas é o “Dia das mães”. Hoje sabe-se que a atual configuração da família brasileira não tem como base uma mãe e um pai. As nossas crianças são criadas muitas vezes somente pelo pai ou pela mãe, ou pelos avós, ou pelos tios. Portanto eu acredito que o ideal seriamos comemorar O DIA DA FAMÍLIA




O que vocês pensam sobre isso colegas?