De acordo com Charlot (2002) a violência à escola, que causa danos
ao patrimônio e ao corpo docente e de funcionários, está
relacionada com a violência da escola. A violência da escola ocorre
quando os estudantes (crianças, jovens e adultos) são oprimidos
pela instituição e seus agentes. Pensando no ambiente da sala de
aula, um exemplo seria quando o professor se identifica em posição
superior aos alunos, e utiliza-se dos instrumentos avaliativos, de
palavras desdenhosas para oprimir o educando. Desta maneira, o
educando acaba expressando sua opressão através de atos violentos à
escola.
Segundo
Alves (2002) as escolas precisam ser asas e não gaiolas. Ou seja,
precisam se desprender de seus currículos inúteis e dar espaço à
curiosidade, à ação, ao movimento, às perguntas, àquilo que tem
significado para os alunos, conectando assim, os conteúdos à vida e
tornando a escola um espaço de descobertas, de prazer, onde os
alunos sintam-se e autores de seu conhecimento, onde a violência não
tenha espaço e nem razão para existir.
Compartilho com vocês o link do Relatório da Frente Parlamentar Contra Violências nas Escolas: Um Raio-X da violência no Município de Porto Alegre. O documento é atual (2016) e faz um retrato fidedigno da violência no ambiente escolar.
Referências:
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação
romântica.
Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
CHARLOT, Bernad. A violência na escola: como os sociólogos frances
abordam essa questão. Sociologia; Porto Alegre, ano 4, no. 8, p.
432-443, de jul./dez. 2002.
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