terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Estereótipos, estigmas e preconceitos...



Durante a leitura do texto da Ligia Amaral fiz algumas pausas para refletir sobre situações que ocorrem dentro das nas nossas escolas. Coincidentemente durante o semestre realizei a atividade no Seminário Integrador sobre preconceitos e esterótipos, algumas conclusões que cheguei  vem de encontro com as ideias da autora.
Por exemplo que os estereótipos geram preconceitos, pois há um desconhecimento real do outro (Silvia, 2005, p. 24). Infelizmente percebo que nós professores, às vezes inconscientemente, propagamos alguns mitos em decorrência da ausência de conhecimento. Não há formações dentro da escola para nos preparar para lidar com a diversidade. Quando recebemos um aluno com necessidades especiais temos que correr atrás para incluí-lo nas nossas aulas. Aprendemos de maneira autônoma através de pesquisas na internet e livros.
Se o estudante apresenta um laudo, é difícil não tentar enquadra-lo em um estereótipo, por exemplo, se o aluno é autista sabemos que ele terá dificuldade de interagir com outros estudantes, apresentará movimento repetitivos, em determinadas áreas terá baixo desempenho, e em outras altíssimo. Acredito que estes mitos e estigmas surgem não de maneira intencional, mas sim pela falta de conhecimento. Portanto, penso que além das disciplinas na graduação em licenciatura, deveria haver uma formação permanente para professores que abordasse esta temática.
      Quanto aos mecanismos de defesa, achei interessante aplicação deles na relação com pessoas com deficiências (físicas ou sensoriais). Já havíamos estudado os mecanismo de defesa na interdisciplina de psicologia ao estudarmos Freud, e na época não havia concebido esta relação. Ao analisar as minhas experiências em sala de aula com estudantes que necessitaram de atendimento especial, percebo que já expressei mecanismos de compensação, atenuação e simulação. Portanto, assim como o avestruz eu já enfiei a minha cabeça na areia em momentos em que não conseguia lidar com a realidade que estava exposta em minha sala de aula.

      Eu percebo que a inclusão efetiva dentro das nossas escolas públicas é um caminho longo, mas já iniciamos esta caminhada. Contudo, é necessário que as escolas estejam adaptadas fisicamente para receber os alunos com diferentes necessidades. O ideal seria que a cidade como um todo fosse adaptada, contudo já é quase um missão impossível encontrar ônibus com rampas para cadeirantes, portanto iniciemos pelo primeiro espaço de formação e interação social que eles frequentarão. Já mencionei anteriormente, mas frisarei novamente: tão ou mais importante que cidades e escolas adaptadas é necessário a formação para inclusão, é preciso que o corpo docente, a equipe pedagógica, a auxiliar de limpeza e a merendeira saibam se relacionar e com um estudante que necessita educação especiais. Somente com a informação e o conhecimento é que seremos capazes de romper com os estereótipos e estigmas e saberemos respeitar e valorizar “os crocodilos”.


Referência Bibliográfica: 
AMARAL, Ligia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e a sua superação. in Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. Coord. Julio Groppa Aquino. São Paulo: Summus, 1998. 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Método Clínico Piagetiano

      Achei interessante a proposta de aplicabilidade do  o método clínico Piagetiano, que no meu entendimento tem como objetivo investigar o nível de pensamento dos estudantes. Eu concordo com os colegas ao afirmarem que esta metodologia é difícil de ser aplicada em uma classe de aula normal, devido o pluralismo que há em uma sala de aula, onde normalmente o professor tem que atender diversas crianças e adolescentes ao mesmo tempo. Contudo, conforme a colega Jaqueline falou esta é uma prática comum no processo de alfabetização das crianças. No período em que eu trabalhei com a educação infantil também realizávamos atividades individuais e bastante diálogos com as crianças a fim de identificar o nível em que elas encontravam-se. Essas informações eram citadas nos pareceres descritivos. 

     A colega Mara disse que o método clínico Piagetiano  “é feito para verificar as estruturas do pensamento do sujeito e não apenas para verificar acertos ou erros”. Eu acredito que este método seria uma ótima ferramenta de avaliação, pensando na avaliação como ferramenta de identificação do nível de compreensão dos estudos e as suas dificuldades. Porém, para que se possa realizá-lo se faz necessário tempo disponível e auxilio na escola.
      Eu penso que esta atividade serviu como um teste de aplicação do método clínico, e que alguns erros só poderiam ser evitados com mais estudos e prática. A questão pontuada pela profª Rosane Aragon referente a forma como fazemos a pergunta é bem importante, percebi que em muitos vídeos as crianças ficavam confusas e/ou não compreendiam corretamente as questões. Acredito que o diálogo e tranquilidade durante a atividade são fundamentais para a criança se sentir segura e livre para responder os questionamentos sem a pressão de estar "certo ou errado".

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Um retrato da escola em que leciono com enfoque nas questões étnico-raciais

         Diante de alguns imprevisto, optei por realizar um levantamento não-oficial com uma turma de oitavo ano. Elaborei uma ficha solicitando idade, sexo e grupo étnico-racial. A turma é composta por 28 alunos matriculados, 20 alunos frequentes, porém no dia em que eu realizei a atividade estavam presentes 18 estudantes.
        O gráfico 1 demonstra a composição da turma por sexo feminino e masculino, nota-se que a turma é composta em sua maioria por meninos. Esta é uma característica que se repete em todas as turmas do ensino fundamental em minha escola. Segundo relato das estudantes é difícil para elas manter a rotina de estudo, pois possuem a responsabilidade de cuidar dos irmãos mais novos, trabalho, e outros interesses extraescolares. 
       No gráfico 2 reflete a composição da turma por faixa etária, e um problema que precisa ser solucionado: a distorção idade-serie. Os estudantes no 8 ano deveriam ter idade entre 13 e 14 anos. Contudo, o número de reprovação em escolas públicas de periferia é significativo, isto acaba gerando uma desmotivação e falta de interessa nos estudos por parte dos estudantes que precisam passar mais tempo do que o previsto no ensino fundamental.
     O gráfico 3 demonstra a composição da turma por cor-raça a partir da autodeclaração. Embora eu prefira a nomenclatura “grupos étnico-raciais” optei por utilizar no formulário o nome cor/raça, por este ser utilizado nas fichas do censo e por acreditar que eles estariam mais familiarizados com este termo. Ao analisar os dados do gráfico 3 conclui-se que a diferença entre os adolescentes que se autodeclaram negros e brancos é pouca. Apenas um estudante optou por não se declarar a pertencer nenhum grupo.

      O censo de 2010 (IBGE,2010)¬ da população brasileira demonstrou que a composição brasileira é em sua maioria não é composta de brancos. Os indivíduos autodeclarados brancos são 47,7%, pretos 7,6%, pardos 43,1%, amarela 1,1% e indígena 0,4%. Desta maneira, ao somarmos pardos com pretos temos um total de 50,7% da população. Na atividade realizada em sala de aula, observa-se que os estudantes apresentaram uma postura de “binarismo”, ou seja, ou o individuo é branco ou negro. Esta é uma característica que difere das realidades do censo, onde a opção parda “é vista como um ‘coringa’ que abriga todos os indivíduos resultantes das misturas no caldo das três raças” (SENKEVICS; MACHADO; OLIVEIRA, 2016).

Referências Bibliográficas:

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. Disponível em < https://censo2010.ibge.gov.br/resultados.html>

SENKEVICS, Adriano Souza; MACHADO, Taís de Sant’Anna; OLIVEIRA, Adolfo Samuel.  A cor ou raça nas estatísticas educacionais: uma análise dos instrumentos de pesquisa do Inep. Brasília – DF. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 2016 

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Raça, etnia, preconceito, discriminação e racismo


Ao falarmos e/ou ouvirmos ao termo raça devemos ter cuidado, pois esta é uma palavra que possui uma carga de complexidade histórica e social. Deve-se estar atento ao sentido, significado e contexto em que ela é usada. De acordo com Gomes ( 2005, p. 45) os movimentos negros e sociólogos não empregam o termo dentro da ideia de raças superiores e inferiores, mas sim dentro de uma dimensão social e política. Há também de se considerar que no Brasil a discriminação racial e o racismo ocorre devido aos aspectos culturais, mas também pelos aspectos físicos observáveis na estética corporal dos indivíduos de determinado grupo étnico-racial. 
Gomes ( 2005)  faz a seguinte observação sobre o termo raça

“Os militantes e intelectuais que adotam o termo raça não o adotam no sentido biológico, pelo contrário, todos sabem e concordam com os atuais estudos da genética de que não existem raças humanas. Na realidade eles trabalham o termo raça atribuindo-lhe um significado político construído a partir da análise do tipo de racismo que existe no contexto brasileiro e considerando as dimensões histórica e cultural que este nos remete.” (GOMES, 2005, p. 47)

Etnia é “usado para se referir ao pertencimento ancestral e étnico/racial dos negros e outros grupos em nossa sociedade” (GOMES, 2005, p. 51). O termo que considero mais adequado, e o qual utilizarei durante a escrita deste trabalho será grupos étnico-raciais, por compreender que estes dois termos possuem significados relevantes, se complementado e fundindo dentro do contexto social brasileiro.


Segundo Nogueira (2007, p.6) o preconceito racial é entendido como

 uma disposição (ou atitude) desfavorável, culturalmente condicionada, em relação aos membros de uma população, aos quais se têm como estigmatizados, seja devido à aparência, seja devido a toda ou parte da ascendência étnica que se lhes atribui ou reconhece”.

O preconceito racial e uma atitude que se se aprende socialmente, não se nasce preconceituoso, as crianças aprendem a ser preconceituosas observando atitudes raciais dos adultos (GOMES, 2005). Há de se considerar que uma criança vive em diversos ambientes, família, vizinhança, igreja, círculo de amizades, e escola. Por este motivo a escola tem um papel fundamental na desconstrução de preconceitos. 
O racismo é considerado por Gomes (2005, p.52) como um “comportamento, uma ação resultante da aversão, por vezes, do ódio, em relação a pessoas que possuem um pertencimento racial observável por meio de sinais, tais como: cor da pele, tipo de cabelo, etc.” A discriminação social está relacionada com o preconceito racial e o racismo, e pode ser entendida como uma “prática do racismo e efetivação do preconceito” (GOMES, 2005).


No Brasil, ser de determinado grupo étnico-racial não está limitado apenas as características físicas, mas sim também a uma escolha política, pois o que é valido é a autodeclaração (BRASIL, 2004). Senkevics, Machado e Oliveira (2016) ao analisar os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio (Pnad)  há uma forte disparidade entre a população autodeclarada como negra e branca em variados indicieis educacionais.


Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF. Out. 2004

GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. Disponível em > http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/Alguns-termos-e-conceitos-presentes-no-debate-sobre-Rela%C3%A7%C3%B5es-Raciais-no-Brasil-uma-breve-discuss%C3%A3o.pdf

 NOGUEIRA, ORACY. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 19, n. 1 pp. 287-308


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Inclusão e o Laudo

      A Nota Técnica 04/2014 do MEC/SECADI/DPEE  garante a educação a todas crianças, jovens e adultos independente de serem pessoas com necessidades educacionais, facilitando assim o processo de inclusão dos estudantes. Neste mês saiu uma reportagem na Revista Nova Escola intitulada “O aluno por trás do laudo”. No texto há a citação da resolução n. 4 do MEC.

      Na escola onde eu leciono, que faz parte da rede estadual de educação, contamos com uma sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), a professora responsável desenvolve atividades para auxiliar na construção do conhecimento dos alunos. Contudo, eu me questiono como ocorre a inclusão dos estudantes com necessidades educacionais em escolas que não tem esse apoio. Nestes casos, penso que o laudo seja importante para o professor saber quais serão as possíveis necessidades e dificuldades do estudante. É claro que a ausência dele não deverá impedir a criança de frequentar a escola.

     “A deficiência é um conceito em evolução, de caráter multidimensional e o envolvimento da pessoa com deficiência na vida comunitária depende de a sociedade assumir sua responsabilidade no processo de inclusão, visto que a deficiência é uma construção social. (MAIOR, s/d,  p.2). Pensando na questão de inclusão fica evidente a importância  da comunidade escolar ( pais, professores, funcionários, gestores entre outros) de assumir a responsabilidade pelo processo de inclusão. E chamo a atenção para o papel dos órgãos públicos de disponibilizar recursos materiais e humanos para que esta inclusão seja efetiva.

      Na escola em que eu leciono há diversos alunos com inclusão, após a realização do dossiê descobri que o número exato é de 39  estudantes. Eles apresentam deficiências, transtornos globais de desenvolvimento (TGD), e há também os estudantes com altar habilidades em determinadas áreas. Na minha sala de aula eu já tive alunos com deficiência visual (baixa visão) e intelectual. Nos sempre contamos com apoio da sala de atendimento especializado (AEE), mas é apenas um atendimento isolado (hora marcada ou auxilio em algum caso de emergência), não tem quem nos auxilie continuamente (turno inteiro). Não existem recursos materiais para auxiliar os estudantes, se eu quisesse criar um jogo para facilitar na aprendizagem, eu deveria construir com os meus próprios materiais. Infelizmente, quando a inclusão ocorre sem investimentos, os alunos e nós professores sofremos muito, mas aprendemos a resolver os problemas. Para o aluno com baixa visão eu costumava fazer a impressão de textos e atividades com letras grandes. Já os estudantes com deficiência intelectual sempre procuro desenvolver atividades que estejam próximas do seu nível intelectual.  


Referências:

MAIOR, Izabel. História, conceito e tipos de deficiência. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2206621/mod_resource/content/1/Hist%C3%B3ria%2C%20conceito%20e%20tipos%20de%20defici%C3%AAncia.pdf. Acessado em 20 de out. de 2017.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Animismo (Piaget)

      Segundo Piaget(1999) animismo infantil é a “ tendência a conceber as coisas como vivas e dotadas de intenção (1999, p. 30)”. No início será considerado vivo todo objeto que exerça alguma utilidade para o homem (ex: forno que esquenta), após a vida será destinada aos agentes e corpos que parecem se mover (ex: vento e lua). O objeto/corpo que recebe a vida tem acrescentado uma consciência, não igual à dos homens, mas uma consciência “minimum” de saber e intencionalidade.

        No vídeo abaixo podemos assistir uma menina que demonstra como pode ocorrer o animismo nas crianças. Ela desenha o sol e uma lua, destinando sentimentos e uma família para eles. 



Referência:
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Tradução Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo Sérgio Lima Silva. 24 ed. Rio de Janeiro. Forense Universitária. 1999 

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Educação na e para diversidade: Gênero e Profissões

O gênero constitui a identidade do sujeito, portanto as diferentes “instituições e práticas sociais são constituídas pelos gêneros, e também, constituintes dos gêneros (LOURO, 1997, p.8) ”.  É importante compreender que assim o gênero é construído ao longo dos anos pelos sujeitos, e não é algo que possa ser dado como inacabado. Louro (1997) ressalta a importância de não nos referirmos  o conceito de gênero à construção de papeis masculinos e femininos. Os papeis masculinos e femininos são padrões que a sociedade estabelece para os seus membros.
Diante disto, e procurando incentivar a desconstrução de padrões de gênero  no ano de 2015 realizei uma atividade com uma turma do 8º ano do Ensino Fundamental II de uma escola da rede estadual do RS.
Em um primeiro momento com a turma, conversamos sobre o conceito de gênero, e sobre como ele pode influenciar de maneira positiva ou negativa na nossa sociedade. Dialogamos a respeitos de quais características compõe determinado gênero, e se poderiam existir mais de um gênero além do “feminino e o masculino”. A turma levantou algumas situações que elas vivenciaram como, por exemplo: brinquedos de meninas vs meninos, atitudes, comportamentos, o que esperamos das pessoas do gênero feminino/masculino. Os estudantes relataram que as “coisas estão mudando”, e que temos que auxiliar nesta mudança.
     Após o dialogo, construímos um vídeo abordando as questões de gênero e profissão.
Segundo  Genro e Caregnato (s/d) a escola tem o compromisso de desenvolver atividades que gerem debates e reflexões sobre  a diversidade da sociedade, pois trabalha com a formação do individuo para o convívio social. Eu valorizo muito as práticas desenvolvidas dentro do espaço escolar, principalmente quando conta com participação da comunidade escolar, que tem como objetivo a desconstrução de estigmas, estereótipos e padrões pré-estabelecidos na sociedade. Acredito que muitos atitudes preconceituosas  poderiam ser evitadas se os estudantes tivessem conhecimento das informações, pois eu penso que a ignorância (ausência de informação) gera atitudes discriminatórias.
No dia  26/11/2017 participei de uma atividade de formação para professores sobre gênero no Planetário Professor José Baptista Pereira. A atividade foi organizada pelo projeto "Meninas na Ciência". Este projeto é desenvolvido dentro do Instituto de Física da UFRGS com o apoio do MCTI, CNPq, SPM-PR e a Petrobras. A professora Carolina Brito palestrou sobre a existência ou não de um viés de gênero para as profissões. Chamou a minha atenção que este é um assunto bem importante, porém pouco discutido nas nossas escolas. O vídeo que construímos em 2015 surgiu de um interesse dos estudantes que constantemente sofrem discriminações de gênero. Já está na hora de mudarmos isto, e está mudança só ocorrerá se fizermos este movimento de desconstrução com os pais, professores e equipe diretiva, para que assim possamos educar para e na diversidade.




segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Vídeo

     No grupos composto pela Jaqueline, Kênia, Leda, Simone e eu, nos organizamos para gravar um vídeo sobre a vida da Simone Silva. Eu já havia feito uma postagem sobre o momento da gravação e mencionei que o maior desafio seria a edição do vídeo, já que o tempo máximo era de 5 minutos, e nós tínhamos no total aproximadamente 20 min. De fato, essa foi a parte mais difícil e demorado, selecionar as partes que julgávamos serem mais relevantes. Por fim conseguimos concluir o vídeo dentro do tempo limite, e compartilho aqui abaixo o vídeo.

    Eu gostei de realizar esta atividade, pois me permitiu conhecer uma realidade do município de Esteio, mas que muito se assemelha a minha realidade na Vila Herdeiros. Uma comunidade carente, que é esquecida pelos gestores municipais. Nesta semana houve ate um ato de protesto pela manhã na Zona Leste devido a ausência de ônibus que nos leve até o centro. A linha "HERDEIROS" no momento é uma linha "alimentadora" que busca os moradores na vila e os encaminha até o terminal da Antônio de Carvalho, e deste terminal os moradores precisam pegar outro ônibus para ir até o centro. É um verdadeiro descaso com a comunidade que precisa pagar duas passagens, e perder tempo trocando de ônibus. Se fosse um bairro central, isto jamais aconteceria!  Os protestos acontecem deste junho, no inicio eles eram até vinculados nas mídias, porém este ultimo não encontrei noticias. É lamentável o descaso com as pessoas que moram em bairros de periferia. 

FOTO DE FELIPE VIEIRA Jornalista

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Reflexão sobre a dialocidade


Há estudos que indicam que o ser humano evoluiu por ser social, por apresentar a capacidade de se comunicar com os seus semelhantes, e transferir suas descobertas para futuras gerações através da oralidade ou da escrita. Paulo Freire (2000) no livro “Á sombra desta mangueira” ao escrever sobre a dialogicidade se refere a ela como uma prática fundamental para o processo de aprendizagem, e característica da natureza humana.
Paulo Freire (2000) relata sobre a importância do ser humano se reconhecer como ser consciente e inacabado. É o reconhecimento do ser humano como ser consciente e inacabado que nos move em uma busca permanente de conhecimento, nos tornando assim um ser educável.
Quanto a curiosidade Freire (2000) a descreve como um elemento fundamental na vida, pois é uma necessidade e disposição que o ser humano tem de espantar-se diante das pessoas, dos fatos e fenômenos e de tentar compreende-los. A curiosidade nos move em busca das respostas para explicar o objeto de conhecimento, sem esta curiosidade não haveria a busca constante de conhecimento, característica do ser humano. Há a curiosidade estética que está relacionada com a contemplação e admiração, assim como a curiosidade espontânea que pode vir a se tornar uma curiosidade epistemológica. A curiosidade epistemológica é que consegue transformar um conhecimento do nível senso comum em um científico. 
O autor (FREIRE, 2000) salienta a importância da curiosidade estar presente no espaço escolar, e de cuidar-se para que este espaço seja propício para construir novos conhecimentos. O local deve ter uma boa estrutura física, ambientes bem iluminados, assim como higiene adequada e decorações condizentes com temática da educação e que reflitam o trabalho desenvolvidos com estudantes. Além de recursos didáticos que possam auxiliar o educando na sua busca do conhecimento como bibliotecas com acervos atualizados, computadores, acesso à internet.

O diálogo é fundamental na construção da curiosidade epistemológica. A curiosidade está estritamente relacionada com a dialogicidade, segundo Freire (2000) ambas são indispensáveis para a conhecimento. Desta maneira, o anti-diálogo autoritário contradiz a natureza do ser humano, a construção do conhecimento e a democracia.


Referências
FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. Editora Paz e Terra. 2000

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Luz, Câmera e Ação!

      Uma das atividades da interdisciplina "questões étnico-raciais na educação: sociologia e história" é a elaboração de um vídeo que trate de histórias conhecidas nas comunidades escolares e/ou entorno que envolvam as questões étnico-raciais.  Após um diálogo e troca de histórias entre o meu grupo de companheiras, optamos por retratar no vídeo a história da Simone Silva, moradora do bairro Três-Marias no município de Esteio. 
      Ontem (08/10/2017) estivemos reunidas para a gravação do vídeo, e eu pude ouvir ao vivo a história da Simone. Ela desenvolve trabalhos positivos dentro da comunidade, principalmente com as crianças, como a doação de materiais escolar e brinquedos para datas comemorativas. Além disso, ela está sempre envolvida em eventos, opinando e batalhando por melhorias em seu bairro.
     O desafio será a edição do vídeo, já que a nossa protagonista é super-comunicativa, e passamos um pouco do tempo previsto no nosso roteiro. Utilizaremos o programa edição de vídeos "Davinci resolve". Enfim, o domingo foi muito especial junto com a Jaqueline Pereira e a nossa estrela Simone da Silva! É tão bom conhecer o trabalho de pessoas que se empenham em fazer o bem ao próximo!   ❤️


Prefeitura de Esteio, por favor, vamos olhar para os bairros de maneira igualitária.

Avante!

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O dilema do antropólogo francês e o nosso desafio

      Na interdisciplina de Filosofia foi nos apresentado o "Dilema do antropólogo francês", com objetivo de darmos continuidade ao estudo da moralidade. As profes dividiram a turma em dois grandes grupos, um grupo faria a defesa da atitude do antropólogo, e o outro a contestação. Eu penso que além de desenvolver a moralidade, também tivemos que aplicar o nosso poder de argumentação aliado de um referencial teórico consistente que nos desse respaldo.
   No meu caso atividade se apresentou como um grande desafio, pois eu fiquei no grupo que deveria contestar a atitude do antropólogo, e eu pessoalmente acho que o antropólogo agiu corretamente. Confesso que foi um grande desafio contestar uma atividade que estava de acordo.

O dilema do antropólogo francês

      
       O dilema do antropólogo francês Claude Lee, antropólogo francês, há dez anos vive numa ilha de um arquipélago na Polinésia. Sua missão é pesquisar os hábitos dos nativos que lá habitam. Os costumes dos nativos são bastante diferentes dos costumes dos franceses, mas ele tem o cuidado de não julgar o modo como estes nativos vivem, porque tal avaliação sempre seria parcial. Como poderíamos abstrair sinceramente a concepção de mundo que herdamos da nossa cultura e avaliar imparcialmente todas as culturas? O antropólogo tem ainda outro argumento: qual seria a medida pela qual julgaríamos as culturas? Existem quesitos transculturais que nos permitem avaliar toda e qualquer cultura? A reposta do antropólogo é não: toda avaliação está condicionada pelo cultura do avaliador. Assim, Claude decidiu jamais interferir no modo-de-vida dos habitantes do arquipélago. Entre os costumes destes, existe o de considerar intocável o povo da ilha X, pois seriam feitos de uma substância diferente daquela da qual os seres humanos são constituídos, de tal modo que, ao se tocar um morador da ilha X, ele se transformaria em areia e água. Num dia de temporal muito forte, um náufrago veio dar na ilha onde o antropólogo estava morando. Ele percebeu que este homem era habitante da ilha X e que estava bastante ferido, mas que poderia ser facilmente curado, desde que os nativos o cuidassem. Estes, contudo, por força de seu costume, não querem tocar no náufrago Claude Lee, após refletir sobre o assunto, decidiu continuar não intervindo nos costumes dos nativos da ilha. 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

(Re)Conhecendo a inclusão na escola em que leciono...


O termo Necessidades Educacionais Especiais de acordo com a Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994, p.3) refere-se a “a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem”. Segundo o Art. 27 da  Lei n.  n. 13.146 de julho de 2015, “ a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados o sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem”.
 São  considerados objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Persceptiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008): transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; atendimento educacional especializado; continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; participação da família e da comunidade; acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes,na comunicação e informação; e Articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.

Dentre estes itens faço destaque para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Na rede publica estadual ele é realizado por professores especialistas na sala de recursos da própria escola, ou em outra instituição de ensino regular  no turno inverso da escola.   Os professores do AEE identificam, elaboram e organizam recursos pedagógicos e de acessibilidade para a construção do conhecimento dos estudantes, considerando as suas necessidades específicas. Na escola em que eu leciono, podemos contar com o apoio do AEE para os nossos estudantes.


Sala de Recursos- Atendimento Educacional Especializado (AEE) – Escola Estadual de                  Ensino Fundamental Prof. Sylvio Torres
Professora responsável: Ana Claudia Côrrea
           Formação: Pedagoga com especialização em Psicopedagogia e Pedagogia Especial em Altas              Habilidades
Ana contou-me que a sala AEE na escola existe há 13 anos, e que no momento ela atende 39 estudantes dos anos iniciais, e 8 dos anos finais do ensino fundamental. Os estudantes apresentam as mais diversas deficiências entre elas: auditiva, visual, intelectual e alguns com múltiplas deficiências. Há também alunos com altas habilidades.
A professora Ana Claudia utiliza variados recursos didáticos para potencializar a aprendizagem dos estudantes, como por exemplo, recursos midiáticos (televisão e computador), jogos pedagógicos, tintas, e materiais recicláveis (revistas, retalhos de tecidos, fitas entre outros). A professora lamenta profundamente a falta de recursos financeiros do estado, pois a ausência destes materiais dificulta o seu trabalho. Comenta que em diversos momentos ela mesma adquire materiais para desenvolver o seu trabalho com as crianças.
            Quando a questionei sobre a inclusão na nossa escola, Ana respondeu que: “Eu acredito que atualmente nenhuma escola é totalmente inclusiva, porque uma escola inclusiva verdadeiramente é aquela em que o aluno é inserido no seu processo de aprendizagem, e não quando o aluno fica em um canto fingindo que aprende e o professor fingindo que ensina. Há falhas neste modelo de inclusão”. Para tentar solucionar este problema segundo a Ana Claudia é necessário o trabalho em conjunto da sala de AEE e o professor regente da classe.  A professora frisou que “Se não ocorre a inclusão, ocorrerá a evasão”.

            Nosso diálogo foi interessante para conhecer com mais detalhes o trabalho desenvolvido pela minha colega na nossa escola , mas o ponto que achei mais significativo foi esta relação sobre a inclusão e evasão.  No parágrafo único do Art. 27 da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) há seguinte afirmação “É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.” Portanto, é nosso papel como educadores auxiliar na inclusão dos nossos estudantes com necessidades educacionais especiais, garantindo a eles que a sala de aula seja um ambiente saudável e sem de discriminações.
A educação é direito de todos, e acredito que todo estudante é capaz de aprender, aliás, cada estudante apresenta um processo de aprendizagem singular, com pessoas com necessidades especiais educacionais não seria diferente. Corroborando com esta ideia a  Declaração de Salamanca (BRASIL,1994, p.5) afirma que escolas inclusivas devem “reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos,  acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceira com as comunidades”. Contudo, penso que é essencial investimento nas escolas para aquisição de recursos materiais para se desenvolver atividades diferenciadas com os estudantes, além de formação permanente de qualidade para os professores.


Referências Bibliográficas:

BRASIL. Declaração de salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: unesco, 1994.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.
Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (estatuto da pessoa com deficiência).

BRASIL. Ministério da educação. Secretaria de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão (secadi). Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva

SECRETÁRIA ESTADUAL DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Disponível em: http://www.educacao.rs.gov.br/educacao-escpecial

Um agradecimento especial a Profª Ana Claudia que cedeu um pouquinho do seu tempo e da sua sabedoria para que fosse possível a realização deste trabalho!

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

   Na interdisciplina de Filosofia assistimos este vídeo da a Marcia Tiburi:



     De acordo com a fala da Marcia a Ética diz “respeito ao modo como convivemos uns com os outros”, eu penso que a maneira como nos relacionamos com o próximo está associado com a aisthesis. Aisthesis significa sensação, sensibilidade, percepção pelos sentidos ou conhecimento sensível-sensorial (Herman, 2008, p.4). Para Herman (2008, p. 10) “sem o papel da emoção e da sensibilidade poderíamos não nos afetar pelos casos concretos de desrespeito ao ser humano”. Acredito que como educadores estamos em uma posição privilegiada na construção de uma sociedade ética, pois estamos em contato direito com crianças, jovens e adultos. Participamos da sua formação escolar, e também podemos interferir positivamente na construção de cidadãos corretos, críticos, solidários, éticos e empáticos com o próximo, através de nossas práticas pedagógicas dentro da sala de aula e servindo de exemplo vivo.

Complemento a reflexão sobre Ética e Escola com este vídeo do Mário Sérgio Cortella, onde ele é questionado se é possível preservar a ética nos dias de hoje. Ele afirma que "Claro, é hoje que precisamos, pois é hoje que nós vivemos" 

domingo, 10 de setembro de 2017

Tecnologia, aprendizagem construtivista e o sujeito crítico

Após assistir o vídeo do Leandro Karnal e realizar a leitura dos textos faço a seguinte análise: Concordo com Karnal quando ele afirma que a sociedade evolui a partir de determinadas transformações, acredito que a realidade virtual tem sobreposto em alguns momentos a real, mas uma não é melhor qual outra.  Eu penso que a tecnologia está a nossa disposição para facilitar a nossa vida, e até maneira como nos relacionamos e aprendemos (ensino a distância). No inicio do vídeo menciona-se uma preocupação que posicionamento informativo esteja sobrepondo o posicionamento reflexivo. Em determinados momentos eu penso que sim, percebo que isso é muito comum nas redes sociais, as pessoas normalmente “compartilham”  textos/vídeos sem nem ao menos ler, e muito menos fazer uma análise crítica. De acordo com Huhne (s/d, p. 15) a leitura é um ato de concentração que exige distanciamento e reflexão. É realizado a partir dos “procedimentos lógicos de análise, síntese, interpretação e juízo crítico. Portanto, acredito que é necessário ensinar a ler criticamente nas escolas, o modelo epidemiológicos pautado no empirismo não ensinam isso, pois eles têm como objetivo apenas a reprodução e transmissão de informações. É preciso eliminar este  modelo dos bancos escolares, e trazer o modelo construtivista que visa aprendizagem autônoma e crítica dos estudantes. 
Fonte da imagem: https://pt.slideshare.net/cplp/cplp-modelos-de-aprendizagem

O impacto das redes sociais na vida das pessoas – Leandro Karnal no Ponto a Ponto



Referências:
 CHAUÍ, Marilena. Trabalho da crítica do pensamento. _____.
HÜHNE, Leda M. O ato de estudar. _____.

 O impacto das redes sociais na vida das pessoas – Leandro Karnal no Ponto a Ponto. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=17&v=crlhoz7IVeY

domingo, 3 de setembro de 2017

Educação Pública do RS

Utilizarei este espaço para deixar registrado os ataques do governador do nosso estado, José Ivo Sartori (PMDB), com a educação. Neste mês (setembro) após o trabalho integral e dedicação de toda a categoria do magistério tivemos creditados em nossas contas o "salário" do mês no valor de R$ 350,00Estamos há 21 meses recebendo parcelado, desta vez o nosso (des)governador zomba da nossa cara nos pagando a menor taxa até o momento. Se não lutarmos no próximo mês receberemos menos ou talvez nem receberemos nada! Isso sem mencionar a imprudência com as escolas públicas, merenda escolar, e falta de investimento em formações e capacitações de qualidade para os professores.
Vamos reagir colegas educadores!


(Carta Capital)


domingo, 27 de agosto de 2017

Eixo VI: Práticas pedagógicas, currículo e ambientes de aprendizagem VI - Docência e Processos Educacionais Inclusivos

     O sexto semestre iniciou dia 28/08/2017 apresentando o Eixo VI: Práticas pedagógicas, currículo e ambientes de aprendizagem VI - Docência e Processos Educacionais Inclusivos, composto pelas interdisciplinas:
  • Filosofia da Educação-60h
  • Educação de Pessoas com Necessidades Especiais -75h
  • Desenvolvimento e Aprendizagem sob enfoque da Psicologia II -90h
  • Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História -75h
  • Seminário Integrador VI - 75h
     Como uma das temáticas que estará fortemente presente durante o semestre será questões sobre etnia, diversidade e processos de inclusão... Já na primeira aula conversamos um pouco sobre preconceito. 

      O significada da palavra “preconceito” segundo o Dicionário Aurélio é:. 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; ideia preconcebida. 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo. 3. P. ext. Superstição, crendice; prejuízo. 4. P. ext. Suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.
     Portanto, há diversos tipos de preconceitos que podem estar relacionados a cor da pele, origem geográfica (xenofobia), orientação sexual, questões de gênero, classe social entre outros. No meu relato, eu trouxe exemplos de preconceitos raciais. Segundo  Nogueira (2007, p.6) o preconceito racial é entendido como “ uma disposição (ou atitude) desfavorável, culturalmente condicionada, em relação aos membros de uma população, aos quais se têm como estigmatizados, seja devido à aparência, seja devido a toda ou parte da ascendência étnica que se lhes atribui ou reconhece”.
            Os exemplos citados por mim em conjunto com o relato da minha colega no encontro presencial abordam a questão dos estereótipos. De acordo com site InfoEscola podemos definir estereótipo como sendo “generalizações, ou pressupostos, que as pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais específicos ou tipos de indivíduos” De acordo com Silvia (Silvia, 2005, p. 24) os estereótipos geram preconceitos, pois há um desconhecimento real do outro. 


            Eu penso que é inconcebível que professores sejam preconceituosos. Contudo, compreendo que nós professores somos seres imperfeitos e que cometemos erros. Acredito que muitos comentários preconceituosos surgem devida a ausência de conhecimento, pela falta de análise, e também pelo meio social. Espero que esse semestre seja de grandes re(aprendizados), e des(construções).
Referências:
InfoEscola: http://www.infoescola.com/sociologia/estereotipo/NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem
Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 19, n. 1. P. 287-308. Disponível em:https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12545/14322 Acesso em 03 set 2017
SILVIA, Ana Célia. A desconstrução da discriminação no livro didático. 2005. Disponível em: http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/superando_%20racismo_escola_miolo.pdf

terça-feira, 11 de julho de 2017

Algumas reflexões sobre o eixo V

Neste semestre houve a oportunidade de ampliar os meus conhecimento a respeito da Gestão Democrática, o que me permitiu compreender melhor o funcionamento da escola pública em que leciono há três anos. Acredito que  eu tenha me tornado uma profissional mais crítica a respeito dos meus direitos e deveres como servidora pública.
A aplicabilidade dos Projetos de Aprendizagem na minha escola foi gratificante, pois percebi que os alunos formularam questões, pesquisaram, e estavam determinados as responder questões norteadores da pesquisa. Esta foi uma experiência única, pois acredito que neste momento eles estavam “aprendo a aprender”. Quanto aos estudos da Psicologia da Vida Adulta, a atividade de pesquisa realizada em grupo sobre “Companheirismo” foi interessante, e agregou valor na minha vida pessoal e profissional. Estas duas atividades de interdisciplinas diferentes, me oportunizaram a troca constante de ideias, inseguranças, informações e sugestões com o meu grupo de colegas. É possível acessar alguns momentos que ficaram registradas no espaço virtual Projetode Aprendizagem  e no documento final Companheirismo (disponível no moodle).
Agora nos encontramos na etapa final com a construção da síntese das nossas aprendizagens e a preparação para o workshop no dia 17/07! Este foi um semestre produtivo, mas ao mesmo tempo estressante devido a extensa carga horaria de trabalho (50h), mas acompanhando a dificuldade também está um sentimento de recompensa e vitória! 
Sempre há o que aprender! 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Avaliação e Avaliação Escolar

    Eu já havia realizado ima postagem sobre avaliação dos estudantes, intitulada "o verdadeiro sentido de avaliar". De acordo com Hoffman (2011) o ato de avaliar na perceptiva da relação aluno e professor é acompanhar a construção do conhecimento do estudante. A avaliação deve permitir que as crianças “acompanhem suas conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo do seu processo de aprendizagem”.   Loch (2014, pg. 133), explica que a avaliação deve ser “continua, participativa, diagnóstica e investigava”. Portanto, a avaliação deve ser constante, ou seja, diariamente, para que possa diagnosticar as possíveis dificuldades, e intervir no processo de ensino e aprendizagem, auxiliando e reorientando o estudante.

            Contudo, se faz necessário também uma avaliação da escola como um todo. O Sistema Estadual de Avaliação Participativa (SEAP), foi uma ferramenta desenvolvida e aplicada pelo governo anterior do estado do Rio Grande do Sul a fim de

            “... consolidar parcerias com as Instituições de Ensino Superior que permitam avaliar as escolas, sua gestão, sua prática pedagógica, suas condições físicas e materiais, possibilitando a identificação das dificuldades e possibilidade de promover mudanças de prática e direcionamento da política educacional” ( RIO GRANDE DO SUL, 2011).

             Confesso que estou no Estado há três anos, porém até este momento não havia tomado conhecimento deste instrumento que se faz tão importante em uma gestão democrática. Já que este tinha como objetivo estabelecer uma comunicação entre a Secretária de Educação (SEC), as Coordenadorias Regionais (CREs) e as escolas estaduais. De acordo com o  § 1º do art. 5º do DECRETO Nº 48.744 (RIO GRANDE DO SUL, 2011), a avaliação seria realizada pelos professores e funcionários com “efetiva participação da comunidade escolar”.  Portanto, todos os segmentos estariam envolvidos na avaliação, tornando-a uma excelente ferramenta de uma gestão democrática. Acredito que assim como avaliamos os nossos estudantes, identificamos suas dificuldades e auxiliamos a superá-las, se faz necessário uma avaliação continua da escola, apontando suas deficiências e pensando em maneiras de promover a qualidade de ensino.



Jussara Hoffmann em teleconferência fala sobre o significado da avaliação mediadora como um caminho para a aprendizagem.

SEDUC lança Sistema Estadual de Avaliação Participativa - 25 de setembro de 2012

             

Referências:

HOFFMAN, Jussara. Avaliação na Educação Infantil. 2011. Disponível em  https://www.youtube.com/watch?v=A74gphe1nT4 Acesso 01 jul. 2017

LIMA, Iana & GOLBSPAN, Ricardo- Artigo "O Sistema Estadual de Avaliação Participativa na educação estadual do Rio Grande do Sul: contribuições para o desenvolvimento de uma gestão escolar democrática” Disponível em https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2027854/mod_resource/content/1/O%20Sistema%20Estadual%20de%20Avaliação%20 Acesso 01  jul.  2017

LOCH, Jussara Margareth de Paula. Avaliação na escola cidadã. In: ESTEBAN, Maria Teresa (Org) Avaliação uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro. DP&A Editores, 2004. P. 129-142.

RIO GRANDE DO SUL. DECRETO Nº 48.744, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011. Institui o Sistema Estadual de Avaliação Participativa do Estado do Rio Grande do Sul – SEAP/RS, e dá outras providências. Disponível em http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/DEC%2048.744.pdf Acesso 01 de jul. 2017