segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Estágio e o BLOG

     Nesse semestre que passou realizamos o  Estágio Supervisionado em Docência que tem como objetivo, de acordo com o Guia do Estágio Curricular e do Trabalho de Conclusão de Curso (RELA; CARVALHO; NEVADO, 2010, p. 15), permitir que o acadêmico reflita, analise e compreenda a sua ação, identificando possíveis problemas, e amparado pela literatura cientifica da área, busque alternativas para o enfrentamento, assim como uma possível superação dessas dificuldades, em um movimento de ação-reflexão-ação. 
      Durante todo o período do estágio passamos envolvidas com a preparação e execução de atividades. Eu esperava que a interdisciplina do Seminário Integrador realizassem atividades que fossem servir como auxilio nesse período, como por exemplo, a própria escrita de postagens relacionadas com o estágio. 
       Eu compreendo a importância de revisitar as primeiras postagens publicadas com um olhar crítico e com outra bagagem de experiencia, mas para mim se tornou cansativo, exigiu tempo e não foi atrativo. Em decorrência dos motivos citados não realizei nenhuma postagem no tempo estipulado. Quando chegou o final do semestre, acompanhado do período de escrita da síntese reflexiva, não consegui encontrar forças para realizar as postagens, e portanto sabia que não poderia apresentar no Workshop. Como uma estratégia, optei por ficar no período de recuperação, descansar um pouco nas férias, e recarregar as baterias para revistar as postagens e escrever sobre...
       Escrevi esse breve relato como forma de justificar o meu atraso nas atividades, mas acima de tudo como uma maneira de desabafo. Reafirmo, compreendo a importância de re-olhar criticamente as postagens escritas, mas penso que seria mais oportuno escrever sobre o estágio.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Violência Escolar - Professor

    Essa postagem faz referência a um texto escrito no dia 02 de abril de 2016 sobre o mesmo tema. 

   No ano de 2018 acompanhamos no Município de Porto Alegre diversas noticias sobre a violência no ambiente escoar. Essas noticias reatavam casos de professoras que foram violentadas por alunos e/ou seus familiares que não aceitaram determinas decisões tomadas pelos educadores. 


     Conforme escrito na primeira postagem a melhor maneira de combater a violência escolar é através do dialogo (ROSA, 2010). Contudo, faço a reflexão sobre de quem é a responsabilidade de organizar e realizar esse diálogo? A escola, as vezes com pouco ou nenhum preparo é que toma essa iniciativa..

   No Secretaria de Educação-RS tivemos a criação do CIPAVE (Comissão Interna de Prevenção e Acidentes e Violência Escolar), contudo, pela minha experiência percebo que este os profissionais vinculados são pouco preparados, e portanto pouco efetivo nas escoas. Ha de se considerar que normalmente esses profissionais são professores da própria escola que receberam essa responsabilidade, mas não tiveram aumento na carga horaria, e nem recebem a mais por isso.😡

    Muitas vezes o professor tem que lidar com a situação-problema sozinho. Existem diretrizes e estudamos brevemente sobre conflitos na graduação para tomarmos a as medidas certas, porém, ás vezes faltam recursos humanos e organizais para resolver a situação. Sem mencionar a ausência e a negligência familiar. Deixando assim, o professor de mãos atadas e sozinho. 

Referência:
ROSA, Maria José Araujo.Violência no ambiente escolar: refletindo sobre as consequências para o processo de ensino aprendizagem. Itabaiana: GEPIADDE, ano 4, volume 8, jul-dez. 2010 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Descaso com a Educação e a Saúde do Professor

      Um dos assuntos que sempre esteve presente no meu blog de maneira direta ou indireta foi o descaso com a educação púbica (  1 ,  2 e 3) .Para quem é da rede estadual foram quatro anos sob o governo do Sartori, e agora em 2019 estaremos sob o governo do Eduardo Leite, os dois partidos possuem histórico de desvalorização do serviço público. 
        A falta de investimentos em educação já se tornou "normal", escolas com estruturas físicas precárias, ausência de materiais didáticos e super lotação nas salas de aula é algo corriqueiro. Já são quatro anos sem reajuste salarial, recebendo parcelado ou atrasado. Em consequência dos baixos salários os professores se veem obrigados  fazer uma carga horaria dobrada, existem profissionais que trabalham 60h semanais. 

Como isso repercute na saúde do professor?

         Infelizmente somos categoria que vive constantemente com sentimento da insegurança, instabilidade e um mal- estar generalizado. Há que desenvolva doenças físicas e psicológicas (Tabeleão Tomasi e Neves, 2011). Somos uma categoria de profissionais que trabalha diariamente com outros sujeitos, e portanto como estamos e nos sentimos não deveria interferir no nosso trabalho, mas infelizmente, interfere.  De acordo com Tabeleão Tomasi e Neves ( 2011, p. 2401)
O trabalho do docente sempre inclui outros sujeitos na mais tenra idade e em plena formação. Quando ocorrem prejuízos nas condições de trabalho e, consequentemente, na qualidade de vida do professor, há um efeito multiplicador na vida dos demais sujeitos envolvidos e no resultado do seu próprio trabalho.
Em tempo, as autoras (Tabeleão Tomasi e Neves 2011, p. 2401) sugerem atividades que gerem aproximiação entre os colegas com objetivo de diminuir a tendencia dos profissionais criarem expectativas profissionais difíceis de ser alcançar. Dessa maneira, seria possível pensar metas realistas, assim como a busca por melhores condições de trabalho. 


Referências Bibliográficas

TABELEÃO, Viviane Porto; TOMASI, Elaine; NEVES, Siduana Facin. Qualidade de vida e esgotamento profissional entre docentes da rede pública de Ensino Médio e Fundamental no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 27, p. 2401-2408, 2011.

Refletir - Reflexão

Se existe uma palavra que escutamos em praticamente todas as aulas (presenciais ou a distância) do curso de Pedagogia ao ongo desses anos foi a derivação do verbo REFLETIR.

Vamos refletir!
Vamos fazer uma reflexão!
Vamos adotar uma postura de professor-reflexivo.


E nós como professores-alunos também a pronunciamos algumas vezes.

Após refletir sobre...

      Zeichner (2008) relata que dentro da área de educação tem se utilizado o termo "professor-reflexivo" de maneira intensa, e que esse já se tornou "slogan". Em tempo, o autor ressalta que
"Da perspectiva do professor, isso significa que o processo de compreensão e de melhoria de seu próprio ensino deve começar da reflexão sobre sua própria experiência e que o tipo de saber advindo unicamente da experiência de outras pessoas é insuficiente. (ZEICHNER, 2008, p. 539)"
      Desta maneira compreende-se que a reflexão com base nas nossas experiências são valiosas, pois são capazes de nos proporcionam  um saber único. Outro aspecto importante que o Zeichener (2008) ressalta é a reflexão tem que tem que estar conectada com lutas que busquem uma justiça social, assim como uma educação de qualidade para todos.  
      Para o autor "os professores devem agir com uma clareza política maior sobre quais interesses estão sendo privilegiados por meio de suas ações cotidianas (Zeichener, 2008). Eles podem ser incapazes de mudar alguns aspectos da situação atual, mas ao menos estão conscientes do que está acontecendo (ZEICHNER, 2008, p 546)"

Referências:
ZEICHNER, Kenneth M. UMA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A¿ REFLEXÃO¿ COMO CONCEITO ESTRUTURANTE NA FORMAÇÃO DOCENTE. Educação & Sociedade, v. 29, n. 103, 2008.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Planejar?

     Essa postagem é uma reflexão referente ao texto publicado com "Um lugar e tempo para planejar"

Planejar é ago essencial para o fazer docente?
  Sim!

Planejar reflete na ação do professor em sala de aula, e essa por sua vez repercute diretamente na aprendizagem dos estudos? 
Sim!


     Essas e outras "verdades" todos nós que exercemos essa profissão já sabemos! Conforme á mencionado na primeira reflexão sobre o planeamento, esse é garantido por lei, assim como condições adequadas para que ele ocorra. Contudo, essa não é realidade de muitas escoas. Há professores que não realizam o planejamento das suas aulas por se considerarem experientes e preparados suficientemente. Para Castro, Tucunduva e Arns (2008, p. 61)
 
É o plano de aula que dá ao professor a dimensão da importância de sua aula e os objetivos a que ela se destina, bem como o tipo de cidadão que pretende formar. Por este motivo, pensar que a experiência de anos de docência é suficiente para a realização de um bom trabalho é um dos principais motivos que levam um professor a não obter sucesso em suas aulas.

     Contudo, como professora de rede pública percebo muitos professores não realizam o planejamento por fata de tempo e espaço adequado. Por lei, nós teríamos direito a hora atividade, que seria um tempo para fazer as atividades docentes como planejamento, correção de avaliações entre outras necessidades do fazer docente. Porém, em muitas escolas esse tempo não existe, ou se existe não há um espaço adequado, que na minha opinião deveria ser uma sala com computar e acesso a internet e poucas interrupções. 
     Há de se considerar que muitos professores cumprem uma carga horaria extensa, às vezes até 60h por semana (três turnos!) para ter um salário razoável. Quem tem tempo para panejar nessa condições?

Referência:

CASTRO, P. A. P. P.; TUCUNDUVA, Cristiane Costa; ARNS, Elaine Mandelli. A importância do planejamento das aulas para organização do trabalho do professor em sua prática docente. ATHENA Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, 2008.

Avaliação

     Eu já havia escrito sobre a avaliação no primeiro semestre do PEAD. O processo de avaliação não é algo simples e linear, e eu penso que quando esse não ocorre da maneira correta acarreta danos aos estudantes e também a própria estrutura escolar. 
    Hoje podemos acompanhar no censo escolar e nas grandes mídias o alto numero de alunos em distorção de idade-ano.  É possível fazer várias reflexões acerca desse dado, afinal o que ocasionaria esse fenômeno? A dificuldade de aprendizagem dos estudantes? O processo avaliativo realizado de maneira a considerar o estudante apenas "apto " ou "não apto"? O desinteresse dos estudantes na escola o que evaria a ausência deles em sala de alua, e consequentemente a reprovação "por faltas "? 
    Conforme já mencionado as possíveis causas são muitas, e podem estar relacionadas com inúmeros fatores. Portanto, focarei apenas na questão da avaliação. De acordo com Perrenoud e Thurer (2009, p. 25) a avaliação deve ser "formativa passar pela regulação do investimento dos estudantes mais do que as notas ou classificações". Os autores com base em Wiggins ( 989) descreveram algumas características importantes para avaliação formativa:
Essas são  dicas valiosas sobre o processo avaliativo, mas esse continua sendo um desafio para muitos docentes, inclusive para mim, pois trabalhamos em sala de aulas cheias, com estudantes com dificuldades de aprendizagem e também deficiências cognitivas, lidar com essa pluralidade em uma escoa que não tem estrutura, material didático e nem apoio pedagógico é difícil. Por isso é norma encerrar o ano letivo com peso na consciência pela sensação de que deveríamos ter feito mais e melhor, mas infelizmente não conseguimos. 

PERRENOUD, Philippe; THURLER, Monica Gather. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Artmed Editora, 2009.

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Alfabetização - EJA

    Nos quatro primeiros semestres eu escrevi sobre a alfabetização:                                                                                                                                                                                         Jogos, brincadeiras e atividades 

    Estudar, pesquisar e escrever sobre alfabetização é sempre relevante, pois nos preparamos para enfrentar os desafios da sala de aula. Ao realizar o meu estágio, trabalhei com uma turma de anos iniciais, na modalidade EJA. Os estudantes da EJA diferencem das crianças em muitos aspectos, mas principalmente porque em sua maioria já são letrados, e já apresentam uma visão crítica e analítica do mundo, assim como hipóteses acerca de escrita, por isso o cuidado em escolher materiais e metodologias que não sejam infantilizados e ao mesmo tempo os auxilie para vida em sociedade . Corroborando com essas ideias as autoras Aburquerque e Ferreira (2008) afirmam que 


"uma prática baseada no “alfabetizar letrando” precisa contemplar, por um lado, a aprendizagem do sistema alfabético, necessária para o desenvolvimento de uma autonomia para ler e escrever, e por outro, a apropriação dos diferentes gêneros textuais, concebendo que tal domínio pressupõe a ampliação dos conhecimentos sobre a sociedade e sobre as relações humanas (ALBURQUERQUE, FERREIRA, 2008)."

Dessa maneira compreende-se que alfabetização na EJA possui peculiaridades, e sendo assim exige a atenção constante do docente  para utilizar metodologias adequadas. 

Referências:
DE ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia; FERREIRA, Andréa Tereza Brito. A construção/fabricação de práticas de alfabetização em turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Educação (UFSM), v. 33, n. 3, p. 425-440, 2008.

Alimentos e questões étnico-raciais

       Ao rever essa minha postagem pude encontrar uma coletânea de filmes que trazem como protagonista um@ personagem negr@, e algumas dicas de livros também. Frequentemente temos a tendência de trabalhar com maior enfase essa temática dentro do mês de novembro, mesmo sabendo que essa deveria ser desenvolvida no decorrer do ano letivo. Nesse ano em eu trabalhei  com alimentos, e toda a sua bagagem cutura e histórica. 
Foi na aula de culinária onde foram preparados dois pratos da cultura afro-brasileira: cuscuz doce e mondongo. Nesse contexto, o alimento é considerado um elemento histórico:

O alimento constitui uma categoria histórica, pois os padrões de permanência e mudanças dos hábitos e práticas alimentares têm referências na própria dinâmica social. Os alimentos não são somente alimentos. Alimentar-se é um ato nutricional, comer é um ato social, pois constitui atitudes ligadas aos usos, costumes, protocolos, condutas e situações. Nenhum alimento que entra em nossas bocas é neutro. A historicidade da sensibilidade gastronômica explica e é explicada pelas manifestações culturais e sociais como espelho de uma época e que marcaram uma época (SANTOS, 2005, p. 12-13).

        Desta maneira ao preparar esses pratos foi possível estudar um pouco sobre os povos africanos que foram trazidos ao Brasil no período da escravidão. Pensar nos ingredientes que compõe o mondongo e relacioná-los com o descaso dos padrões que entregavam os miúdos os negros escravizados, e que estes quase que um processo milagroso conseguiam transformá-lo em prato bem temperado e gostoso.     
                                         
SANTOS, Carlos Roberto Antunes. A alimentação e seu lugar na história: os tempos da memória gustativa. História: questões & debates, v. 42, n. 1, 2005.                                             

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Atividades Práticas - Experiência


     Nos dois primeiros anos do curso eu realizei algumas postagens sobre atividades páticas:






     Eu sempre considerei as atividades práticas importantes para os estudantes, só não as realizo com maior frequência pela ausência de material e espaço físico. Essas atividades possibilitam uma articulação do conteúdo com a prática, assim como também permitem que os estudantes possam vivenciar experiências. 


     Essas experiências que eu me refiro não é levando somente em conta a simplicidade da palavra, mas a experiência de vida, aquela que marca alguns estudantes.   Dentro deste contexto Bondía (2002) alerta para o fato do saber da experiência ser algo particular do indivíduo, sendo assim o acontecimento pode ser comum para uma turma, mas a experiência é singular. Nessas três postagens a cima eu relatei atividades práticas que realizei com os meus estudantes, hoje eles já estão formados no ensino fundamental, mas  frequentemente me mandam mensagens através das redes sociais lembrando dessas atividades. 


Um olhar para o inicio...

     Ao iniciar uma série de 10 reflexões acerca da evolução das minhas concepções individuais do curso revisitei a minha primeira postagem do portfólio, datada de 20 de março de 2015. Nessa postagem realizei um breve apresentação, onde citei a minha idade e as duas escolas que eu lecionava. Impossível não pensar sobre como o tempo passa rápido, afinal foi há quase quatro anos!


     Como nós seres humanos,  professores, somos suscetíveis a mudanças. Já não leciono mais em uma das escolas mencionadas, inclusive já passei por outras duas escolas. Conheci novos colegas e alunos, aprendi com eles. Aprendi novas metodologias, novas maneiras de ver os estudantes e desenvolver os conteúdos em sala de aula. No curso de pedagogia pude aprender novos conceitos  e re-significar outros, conhecer professores fantásticos, realizar o estágio obrigatório, escrever e escrever. Durante o curso constantemente olhei criticamente para a minha prática, identifiquei erros, alguns consegui  “ consertar ” rapidamente, outros ainda estou em processo...
   Paulo Freire (1991, p. 58) já dizia "Ninguém começa a ser educador numa certa terça-feira às quatro a tarde. Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão sobre a prática". Se nesses quatros anos eu mudei tanto, que venham mais quatro para que novas metamorfoses possam ocorrer. 



Referência:
FREIRE, P. A Educação na Cidade. São Paulo: Cortez, 1991.