segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Horta Escolar

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) propõe como tema transversal a ser desenvolvido nas escolas o meio ambiente (Brasil, 1998). Este tem como objetivo auxiliar na formação de cidadãos mais conscientes e aptos para atuar na realidade socioambiental. Segundo Pereira (2010), para fazer com que os nossos alunos se sintam responsabilizados pela construção de um meio ambiente equilibrado, devemos estimulá-los e proporcionarmos a eles uma relação mais próxima com a natureza.
Pensando nesta questão no ano de 2016 nos construímos uma horta. A horta foi cuidada pelas crianças, que regavam com água 3x por semana, retiravam as ervas daninhas, e é claro, ofereciam muito amor e carinho. Já em com dois meses conseguimos colher as nossas hortaliças: alface, couve, espinafre e rúcula. Após a colheita fizemos algumas receitas culinárias.





Referências:

PEREIRA, Marsílvio Gonçalves. Conhecer, agir e transformar o ambiente. Ciências: ensino fundamental. Coord. Antônio Carlos Pavão. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências Naturais e Biologia. Brasília, 1998. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf> Acesso em: 17 agost 2014.

domingo, 25 de dezembro de 2016

A violência no ambiente escolar

    De acordo com Charlot (2002) a violência à escola, que causa danos ao patrimônio e ao corpo docente e de funcionários, está relacionada com a violência da escola. A violência da escola ocorre quando os estudantes (crianças, jovens e adultos) são oprimidos pela instituição e seus agentes. Pensando no ambiente da sala de aula, um exemplo seria quando o professor se identifica em posição superior aos alunos, e utiliza-se dos instrumentos avaliativos, de palavras desdenhosas para oprimir o educando. Desta maneira, o educando acaba expressando sua opressão através de atos violentos à escola.
     Segundo Alves (2002) as escolas precisam ser asas e não gaiolas. Ou seja, precisam se desprender de seus currículos inúteis e dar espaço à curiosidade, à ação, ao movimento, às perguntas, àquilo que tem significado para os alunos, conectando assim, os conteúdos à vida e tornando a escola um espaço de descobertas, de prazer, onde os alunos sintam-se e autores de seu conhecimento, onde a violência não tenha espaço e nem razão para existir.

Compartilho com vocês o link do Relatório da Frente Parlamentar Contra Violências nas Escolas: Um Raio-X da violência no Município de Porto Alegre.  O documento é atual (2016) e faz um retrato fidedigno da violência no ambiente escolar.


 Referências:
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica.
Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.

CHARLOT, Bernad. A violência na escola: como os sociólogos frances abordam essa questão. Sociologia; Porto Alegre, ano 4, no. 8, p. 432-443, de jul./dez. 2002.

Projetos de Aprendizagem

     Durante este semestre continuamos o estudo sobre Projetos de Aprendizagem na interdisciplina Seminário Integrador IIII. Juntamente com a minha colega Jaqueline, nós construímos a nossa pesquisa a partir da pergunta "Por que os mosquitos picam algumas pessoas mais que outras?". Para acessar o nosso trabalho clique aqui. 
    Pensando em nossas salas de aulas, os P.As devem ser construídos a partir do interesse do aluno, e eles são os protagonistas e autônomos durante todo o processo. Desta maneira, o professor assume o papel de mediador, auxiliando os alunos, mas permitindo que eles sejam emancipatórios. Notei que os alunos foram capazes de interpretar os textos, compreendê-los, a depois elaborar suas hipóteses. O autor Pedro Demo (2005, p. 24) identifica isso como a troca de posição de “informado à informante, informativo e informador”. Já relatei em outra postagem a minha experiência com Projetos de Aprendizagem aqui.

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 7. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

 

Brasil o país das hidrelétricas?

     No feriado de novembro em Foz do Iguaçu-PR para conhecer as Cataratas do Iguaçu. Como eu estava na cidade, dei um “pulinho” para conhecer a Usina Hidrelétrica de Itaipu, segundo dados informados por eles durante o passeio pela usina, esta é a 2° maior hidrelétrica do mundo, e é capaz de fornecer cerca de 15% de energia consumida no Brasil e 75% do consumo paraguaio .
     Eu fiquei chocada com a extensão da usina, mas antes de tudo eu fiquei triste em ver o Rio Paraná preso, retido naqueles corredores de cimento. Eu compreendo o valor da energia elétrica, e que ela é capaz de nos proporcionar avanços imensuráveis na área da tecnologia. Porém, me doeu o coração de ver e imaginar o impacto ambiental que a construção de uma usina desse porte deve ter causado para a fauna e flora da região.
     Há anos vivemos um dilema muito semelhante na construção da hidrelétrica de Belo Monte no curso do Rio Xingu, esta vem sendo alvo de diversos estudos ambientais e sociais pelos seus impactos na natureza e nas comunidades indígenas. O texto de Laiz Wediggen e Paulo Sérgio constata que o maior desafio da atualidade é aliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente, penso que o segredo seja buscar a resposta com quem sempre cuidou da natureza e dela retirou somente o necessário, afinal segundo Baniwa (2006, p.171) “cabe ao homem desvendá-la, compreendê-la, aceitá-la e contemplá-la”.

     A hidrelétrica de Belo Monte será considerada a 3º maior hidrelétrica do mundo em 2019 quando todas as turbinas estiverem em operação…. Seremos reconhecidos como o país das hidrelétricas?



 Eu prefiro viver no país com a maior biodiversidade.
Eu prefiro viver no país que respeita os Povos Indígenas e seus territórios.

Que tal pensarmos e investimos na energia solar e na eólica?


Referências
BANIWA. Gersem. A ciência e os conhecimentos tradicionais in O índio brasileiro: O que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. 

A Área de Ciências da Natureza – O que é ciências? E por que ensinar?

     Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica a área de Ciências da Natureza, no ensino fundamental é representada por único componente com o mesmo nome: “Ciências da Natureza” ou popularmente Ciências. Já no Ensino Médio esta área é formada por três componentes curriculares: biologia, física e química.
     De acordo com a Base Nacional Comum (BNC) a presença da área de Ciências da Natureza tem como objetivo “a observação sistemática do mundo material, com seus objetos, substâncias, espécies, sistemas naturais e artificias, fenômenos e processos, estabelecendo relações casuais, compreendendo interações, fazendo e formulando hipóteses, propondo modelos e teorias e tendo o questionamento como base da investigação” (BNC, 2016, p. 01).
     Desta forma compreendo que objetivo das ciências é que o aluno seja capaz de compreender o mundo que o cerca, que se torne um indivíduo questionador e crítico na sua sociedade. O estudante na área de ciências construirá aprendizagens que o façam entender o funcionamento do seu corpo, o surgimento das espécies, aprenderá sobre o mundo material, a biodiversidade, o universo, as transformações da natureza, e a exploração da sociedade humana frente a natureza.


Base Nacional Curricular - Área de Ciências da Natureza - http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/versao-2/areas-componentes/8%20-%20A%20%C3%81REA%20DE%20CI%C3%8ANCIAS%20DA%20NATUREZA.pdf
Base Nacional Curricular - http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação - portal.mec.gov.br/docman/abril.../15548-d-c-n-educacao-basica-nova-pdf



sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Grandezas e Medidas

      As medidas é uma temática importante e que iniciamos o desenvolver na educação infantil, com a instigação através da comparação entre dois objetos, podendo diferenciá-los entre o mais pesado, mais leve, mais alto e etc. Essas classificações que fazemos (muitas vezes involuntariamente) envolve uma área da matemática: grandezas e medidas
     Na educação infantil, normalmente realizamos atividades que envolvem a comparação e o raciocínio lógico. Questionando as crianças sobre qual objeto é maior ou mais pesado.

     Na disciplina de ciências com o 9º ano, nos trabalhamos bem detalhado esta questão da unidade de medida padrão, pois ele é essencial para que os alunos possam utilizá-las no cotidiano. Eu sempre brinco com eles que nas respostas não pode aparecer somente o número, pois caso contrário não saberei a que eles estão se referindo. 15 laranjas? 15 gramas? 15 toneladas? É necessário reconhecer, saber e utilizar as unidades de medida padrão. 

Portfólio – Indígenas em Porto Alegre

Nos foi solicitado na interdisciplina de Representação do Mundo Pelos Estudos Sociais a construção de um portfólio sobre identidade ou representação.
Portfólio é o conjunto coerente de documentação (fotos, desenhos, histórias) refletidamente selecionadas, significativamente comentada e sistematicamente organizada e contextualizada no tempo que revela um percurso lógico. (Conceito retirado do moodle)
Por questão de interesse e identificação histórica e social optei por construir um portfólio sobre os povos indígenas que vivem em Porto Alegre.  A minha justificativa foi:

A lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 torna obrigatório o ensino da história e cultura dos povos indígenas nas escolas. No município de Porto Alegre nós temos na Lei Orgânica que trata da valorização e proteção dos povos indígenas com sua identidade própria no que diz respeito a costumes, cultura e religiosidade. Atualmente em nossa cidade nós contamos com a presença de três povos: Kaingkang, Guaranis e Charruas. Dentro das nossas comunidades encolares encontramos indígenas, contudo ainda é difícil para as crianças (e alguns adultos) quebrar o paradigma do indígena na aldeia, nu e caçando seu alimento. Por este motivo, optei por construir um portfólio sobre os Povos Indígenas em Porto Alegre a fim de reunir materiais que abordem o histórico, a cultura e os desafios atuais destes povos na contemporaneidade.”


O tempo no espaço escolar

     O sistema escolar organiza o tempo escolar em anos/ciclos/séries, de acordo com o conteúdo escolar, e a idade do sujeito. Esse tipo de organização linear do tempo faz com que se o estudante, ao completar o ano letivo, não conseguir ter aprendido os conteúdos mínimos ele é reprovado, e é obrigado a repetir o ano. Porém, esta maneira de classificação não respeita a heterogeneidade que há no espaço escolar. É preciso considerar que os estudantes são sujeitos com histórias, experiências, sentimentos, oportunidades e vivências diferentes, que por conseguinte acabam refletindo no tempo de aprendizagem.


OLIVEIRA, Cristiane et al. Questões sobre o tempo no espaço escolar. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf>

Objetos Digitais de Aprendizagem no Ensino de Matemática

 “Objetos Digitais de Aprendizagem (ODA) são recursos que apoiam a prática pedagógica dentro e fora de sala de aula, como jogos, animações, simuladores e videoaulas” (conceito retirado de PORVIR).
Os ODA são excelentes recursos para auxiliar o professor em sala de aula, e também podem ser utilizados nas residências dos alunos, sendo assim uma oportunidade de envolver a família na aprendizagem dos estudantes. Eu já conhecia esta ferramenta, pois utilizei para trabalhar a disciplina de ciências. 


Compartilho com vocês alguns links de sites que disponibilizam ODAs:

http://www.uff.br/cdme/ - Ensino Médio


A Matemática e a Física no 9° do Ensino Fundamental

     No turno da manhã, eu leciono a disciplina de Ciências da Natureza, como orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, no 9º ano eu trabalho com os estudantes a área de Física. É inegável a proximidade existente entre a física e a matemática. Carlos Fiolhais afirmou que “A Físicao conhecimento do mundo materialnão se pode fazer sem a Matemática. A linguagem da Física é, sem qualquer dúvida, a Matemática(FIOLHAIS, 2014, p. 01)”
     De acordo com Karam e Pietrocola (2009, p.2) uma das características que faz com que esse pensar científico seja diferente do pensar “cotidiano” é que ele é fortemente embasado em estruturas matemáticas. Desta maneira, eu acredito que o estudante para compreender a física ele tem que primeiramente aprender a matemática ensinada nos anos anteriores. Contudo, o ensino de física não é somente propor problemas físicos que envolvam interpretação e utilização de formas matemáticas. É necessário faze uma ligação entre o mundo material com a matemática. Pietrocola (2002, p. 19) diz que “Para o contexto do ensino de Física, uma modelização matemática precisa incorporar de forma explícita o domínio empírico, ou seja, envolver atividades experimentais.
     Diante do exemplo, ressalto a importância de atividades práticas no ensino de física e exponho um exemplo realizado em parceria com a professora de educação física da escola em que leciono:
Velocidade Média (Cinética) - Nós construímos um percurso para corrida (200m) e corrida com revezamento na quadra da escola. Os alunos foram convidados a participar da atividade física, e cronometrar os seus tempos. Após calculamos a velocidade média de cada aluno. Os estudantes adoraram! Fizemos até algumas comparações com Bolt!




FIOLHAIS, Carlos. A relação da física com a matemática. artigo publicado no jornal o Primeiro de Janeiro, das Artes e das Letras, jun. 2014. Disponível em <http://www.mat.uc.pt/~lnv/debate2/CarlosFiolhais.html>

PIETROCOLA, Mauricio; KARAM, Ricardo Avelar Sotomaior. Habilidades Técnicas Versus Habilidades Estruturantes: Resolução
de Problemas e o Papel da Matemática como Estruturante do Pensamento Físico. ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.2, n.2, p.181-205, jul. 2009

P IETROCOLA, Mauricio. A matemática como estruturante do conhecimento físico. Cad. Cat. Ens. Fís., v.19, n.1: p.89-109, ago. 2002.


Os Lugares de Memória – Fundação Zoobotânica

     Na atividade da semana 10 da interdisciplina de Estudos Sociais nos foi solicitado visitar um local e coletar informações que seriam uteis para uma visita posterior com os estudantes. Para esta atividade eu escolhi um local que eu gosto muito, e que já realizei saídas de estudos com o meu alunado e também já fui visitar quando era aluna o Jardim Botânico e o Museu de Ciências Naturais.      Contudo, com muita tristeza o futuro deste lugar é incerto, já que às vésperas do Natal, na madrugada do dia 21 de dezembro, foi aprovado pelos deputados na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 246 que autoriza a extinção de 6 fundações, entre elas a Fundação Zoobotânica. Além da perda de valor imensurável na área de pesquisa científica, existe agora ausência da FZB que era responsável produção do soro antiofídico e do biomonitoramento do ar, desconhece o destino das coleções científicas de animais e plantas, e do próprio destino dos animais do Zoológico e do Jardim Botânico.




Trabalho que só a FZB faz(ia):

É a única instituição do sul do Brasil fornecedora de veneno para produção de soro antiofídico
Faz pesquisas sobre a descrição de novas espécies de plantas e animais, realiza inventários biológicos, o manejo de animais peçonhentos visando à produção de soro antiofídico
Faz biomonitoramento da qualidade do ar, da recuperação de ambientes degradados, do impacto de estradas sobre a fauna, da proliferação de algas tóxicas, do efeito de espécies parasitas e exóticas invasoras, da fauna fóssil e muitos outros
É única instituição pública estadual que realiza o monitoramento da qualidade do ar utilizando organismos vivos como indicadores de índices de poluição atmosférica
É o único órgão no Estado que mantém acervos vivos de espécies da flora raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção, cujo resguardo requer cuidados e manejo especializados
Mantém, por meio do Jardim Botânico, banco de sementes representativo da flora de todo o Rio Grande do Sul, para fins de pesquisa e melhoramento do manejo de sementes visando ao repovoamento e à restauração de ambientes degradados
Realiza laudos para detectar florações de algas tóxicas em reservatórios de abastecimento de água à população e outros mananciais, atendendo demandas de prefeituras e órgãos públicos
Oferece treinamentos específicos no manuseio de animais silvestres e peçonhentos a agentes de fiscalização da Polícia Ambiental do Estado e de outros órgãos públicos de controle, assim como a criadouros de animais
Elabora a pedido dos poderes Executivo e Judiciário pareceres e laudos sobre questões relacionadas à fauna, à flora e ao meio ambiente
Elabora laudos paleontológicos
Coordena a elaboração das listas da fauna e da flora em extinção no Rio Grande do Sul e propõe medidas para a sua conservação
Treinamento de agentes ambientais no manuseio de animais silvestres e peçonhentos
Auxilia nos licenciamentos
Execução da política estadual de educação ambiental


Texto retirado da reportagem do Sul21: http://www.sul21.com.br/jornal/entenda-o-que-pode-significar-para-o-estado-a-extincao-da-fundacao-zoobotanica/



Fotografia – Registros de Memórias

     De acordo com Felizardo e Samain (2007) tem a capacidade de trazer consigo a veracidade dos fatos ali registrados. Por este motivo a fotografia e a memória estão profundamente ligadas, elas se complementam. De acordo com Seixas (2001, p. 48, apud FELIZARDO; SAMAIN, 2007, p. 12) a fotografia é uma memória voluntária, pois ela é capaz de contar a “história” através de imagens que refletem a visão de uma determinada pessoa sobre algo ou algum acontecimento específico.
     Eu sempre gostei de fotografias por acreditar que elas tem a capacidade de registrar as ocasiões importantes da nossa vida. Quando olhamos uma foto e nos recordamos daqueles momentos, nos vem a memória os sentimentos vividos naquele instante ali registrado. Contudo, me entristece a banalização que a fotografia e os vídeos têm na atualidade. Eu reparo que em algumas situações as pessoas deixam de viver aquele momento, para registrá-lo. Algumas pessoas (incluem adultos, jovens e adolescentes) buscam a aceitação dos amigos nas redes sociais através de fotografias e vídeos. Recentemente eu assisti a um episódio da série Black Mirror, que faz uma crítica a esse comportamento.


Se vocês puderem assistam ao episódio e façam uma crítica sobre o como a fotografia/vídeos e a tecnologia está sendo utilizada na atualidade.

FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246> Acesso em: 20 set. 2016.


Jogos matemáticos na Educação Infantil

     Eu já realizei outras postagens sobre jogos aqui e aqui também. Porém, hoje eu relatarei um pouco sobre a importância que eu observo dos jogos e brincadeiras matemáticas na educação infantil. As crianças com as quais eu trabalho, grupo 3 ( 3- 4 anos) adoram atividades que as desafiem, e nada melhor que um jogo para fazer isso. Nós jogamos jogos de memória com números e quantidades, quebra-cabeças, jogos com dados, circuito no pátio envolvendo espaço e forma, entre outros. Riccenti ( 2001, p. 5) explica que a importância dos jogos com relação à matemática na escola é que “possibilita a criança construir relações qualitativas ou lógicas, aprender a raciocinar e questionar os seus acertos e erros”.

Referência:


RICCENTI, Vanessa Pugliese. Jogos em grupos para educação infantil. Educação Matemática em Revista. n. 11, ano 08, dez. 2011.
Disponível em < http://matematicanreapucarana.pbworks.com/f/Texto+6+Jogos+em+grupo.pdf>

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Educação e Tecnologia

     Na nossa sociedade pós-moderna a velocidade de acesso e a transmissão de informações tem sido rapidamente aperfeiçoados, sendo assim a produção e veiculação de dados tem sido crescentes nos últimos anos. Desta maneira o conhecimento deixou de ser centralizado, e passou a estar disponível para grande parte da sociedade que possui acesso à internet.
     Desse modo se torna essencial que os educadores pensem em formas de conectar as novas tecnológicas ao trabalho pedagógico. Moran (1999) explica que “educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens, desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações. É importante educar para usos democráticos, mais progressistas e participativos das tecnologias, que facilitem a evolução dos indivíduos.”
     Entretanto a educação brasileira apresenta um desafio de superar a resistência que alguns docentes e gestores possuem na utilização de ferramentas pedagógicas que utilizam internet. Segundo Pimental (2007) esta resistência por parte dos docentes ocorre devido ao forte vínculo às práticas de ensino-aprendizagem que às vezes prendem os professores à estrutura burocrática. Já Moran (1999), informa que “boa parte dos professores é previsível, não nos surpreende; repete fórmulas, sínteses”.
     É necessário que se supere estes paradigmas e resistências que alguns educadores possuem referente a utilização da tecnologia no ambiente escolar. Porque a tecnologia é uma das engrenagens da maquinaria escolar atual. De acordo com Mastalir e Thome (2015) quanto melhor for a relação entre a comunidade escolar e a tecnologia, mais rico se torna o processo de ensino-aprendizagem, o desenvolvimento da criatividade e o fortalecimento de valores como democracia, autonomia, liberdade, respeito à diversidade e solidariedade.


Referências:

PIMENTEL, Fernando Silvio de Cavalcante. Formação de professores e Novas tecnologias: possibilidades e desafios da utilização de webquest e webfólio na formação continuada. Revista Científica da Escola de Administração do Exército, Salvador: v.3, n.2, p. 95-120, 2.sem.2007

 MASTALIR, Michele; THOMÉ Luciana. Educação e democratização do conhecimento na web. Diálogos com a Geração Z , ano 6, n. 03, 2015.

MORAN, José Manuel. O Uso das Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação na EAD - uma leitura crítica dos meios. Palestra no evento "Programa TV Escola - Capacitação de Gerentes". Belo Horizonte e Fortaleza, no ano de 1999. Disponível em <portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/T6%20TextoMoran.pdf> Acessado em 18 nov. de 2015

Ser professor no Estado

     Este foi um ano muito difícil para a categoria de professores da rede estadual. Somos uma categoria que encontra-se em desgaste físico e psicológico devido a diversos fatores, tais como péssima remuneração, má estrutura física das instalações escolares, não cumprimentos de leis básicas como piso salarial, hora atividade e um dos mais terríveis golpes vivenciamos recentemente aprovação da PEC 51 (241). Diante destas condições, eu encontro forças para lutar contra a maré e tentar fazer com que a minha prática em sala de aula seja diferente da que eu vivenciei como estudante há alunos anos. Estarei em recuperação até dia 13 de janeiro de 2017, devido a greve de 54 anos de 2016. Agora no final de ano estivemos presente na Praça da Matriz para tentar barrar o “pacotaço” do Sartori, que já aprovou a extinção de seis fundações.
Contudo, ainda existem 13 projetos que precisam ser votados. Portanto é preciso ter forças e esperança para tentar barrar esses projetos que nos atingem diretamente. 


terça-feira, 19 de julho de 2016

Minha (auto)avaliação do 3° eixo do PEAD

Colegas,

eu havia construído diversas expectativas quanto ao 3° eixo do PEAD, pois as artes me atraem muito e são uteis para sala de aula.  Acredito que esse semestre foi um dos mais escassos em atividades e textos (com exceção da interdisciplina de ludicidade).As aulas presencias das interdisciplinas foram o ponto alto do semestre, todas cheias de conteúdo, dinâmicas e dialogando com a realidade das salas de aulas.
Enfim, eu acabei atrasando algumas atividades, pois estou vivendo um momento tumulado e crítico na minha vida que não cabe utilizar esse espaço para desabafar. O portfólio de Aprendizagem continua sendo um dos meus maiores desafios, não consigo fazer postagem sistemáticas uma vez por semana. Espero que no próximo semestre eu consiga vencer esse desafio. hehehe
A partir de hoje iniciarei a escrita do Workshop III, confesso que eu não gostei das delimitações propostas para esse semestre. Penso que isso tira um pouco da liberdade ( e talvez autonomia) da escrita das nossas aprendizagens durante o semestre.Já me foi explicado na aula presencial que eu posso escrever sobre o que eu quero, mas devo escrever sobre aqueles conceitos também. Contudo, eu  penso que isso é investir minha energia (e tempo) sobre algo que não gostaria de escrever. Enfim, é a vida acadêmica né?


Avante!

A Sala dos Sentidos e a LIBRAS

Está prática foi  realizada pelos alunos do 8º ano para os estudantes do 1º ano na E. E. E. F. Prof Sylvio Torres no final de 2015. Atividade foi pertinente porque está de acordo com os objetivos estabelecidos pelos PCNs (1998,p. 104) que diz " "são interessantes as investigações sobre os sentidos humanos, combinando-se trabalhos práticos, leituras e outros tipos de atividades, para conhecer os limites da percepção, as formas de energia e as substâncias perceptíveis, e como isso se dá nos diferentes órgãos dos sentidos " 


Os estudantes do 8º ano pensaram, construíram e aplicaram pequenas atividades práticas sobre os cinco sentidos humanos: tato, paladar, olfato, audição e visão. Gostaria de chamar atenção para atividade do sentido AUDIÇÃO. Neste grupo os estudantes conversaram em librar com as crianças, fizeram sinal de "oi", "meu nome é" e soletraram seus nomes em LIBRAS. Fizeram uma dinâmica com a caixa surpresa, onde as crianças tinham seus olhos vendados, colocavam as mãos dentro da caixa e através do tato deveriam identificar os objetos que haviam dentro da caixa.  Após eles contaram uma história chamada "O menino que via com mãos", chamando atenção que existia uma linguagem especifica que os surdos utilizavam para se comunicar e expressar seus sentimentos, a Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS).

sábado, 16 de julho de 2016

Quem ensina a brincar?

Em entrevista para Revista Nova Escola Cyrce Andrade (2010) afirma que brincar é uma aprendizagem social, porém não é somente o adulto que ensina a brincar, as crianças também ensinam suas regras e adaptações a outra crianças.
É comum observar na hora da brincadeira as  crianças criando suas regras, e adaptando os jogos aos seus interesses. Em sala de aula, quando proponho uma atividade lúdica, sempre pergunto para os estudantes como deveriam ser as regras. Acredito que desta maneira que eles se sentem autores do próprio jogo.



Referências Bibliográficas:
Cyrce Andrade. Brincar é a forma de expressão das crianças. In: Revista Nova Escola. Set. 2010

O que é um brinquedo?

Eu já havia falado um pouquinho sobre o brinquedo na postagem "Brincadeiras que vencem o tempo". Porém, uma cena que uma atividade que eu acompanhei essa semana me chamou atenção. A atividade consistia na construção de brinquedos com sucata. Os estudantes de 3/4 anos construíram aviões, robôs, carros com materiais simples como rolo de papel, pode de iogurte, palitos entre outros. Os materiais foram colados com cola. Após a construção do brinquedo observei as crianças brincando alegremente com os brinquedos. 

C
arneiro (2014) define o brinquedo como um objeto que tem como objetivo servir de suporte as brincadeiras. O ato de brincar pode ser enriquecido com um brinquedo, mas ele não é um fator decisivo para que a brincadeira aconteça. Aliás quem irá atribuir um valor ao objeto, afim de que ele se torne um brinquedo, é a criança. Portanto, é comum nós vermos crianças utilizando objetos inusitados ou sucadas para brincar. 



Referências Bibliográficas:
CARNEIRO, Maria Angela Barbato. A magnifica história dos jogos. In: Carta Fundamental. Dez. 2014.

O jogo simbólico

     Segundo Piaget (1964) os jogos de exercícios ocorrem no período sensório-motor, onde a criança realiza atividade de exploração de objetos, desloca os objetos, observa e imita os gestos de outras pessoas. Os jogos simbólicos ocorrem no período pré-operatório, e tem a forte presença do simbólico (do símbolo) nas atividades. Os jogos de regras ocorre quando a criança ingressa no período das operações concretas, neste tipo jogo as regras e acordos entre os participantes se fazem presentes, ele estimula o raciocínio lógico e objetivo.
   Dentro desta classificação proposta pelo Piaget eu gostaria de chamar atenção para os jogos simbólicos. Os jogos de faz-de-conta sempre chamaram a minha atenção, pois me admira ver as crianças transformando uma vassoura em cavalinho, fazer comidinha com areia, brincar de trem ao fazer uma fila indiana, utilizar a imaginação para construir cenários e situações.
    De acordo com   esse tipo de jogo vai "transformando se transformando ao longo do desenvolvimento, de modo que a criança vai retratando, cada vez mais fielmente, a realidade à qual ela se refere".

- Que gigantes? - disse Sancho Pança.
- Aqueles que ali vês - respondeu seu amo -, de longos braços, que alguns chegam a tê-los de quase duas léguas.
- Veja vossa mercê - respondeu Sancho - que aqueles que ali aparecem não são gigantes, e sim moinhos de vento, e o que neles parecem braços são as asas, que, empurradas pelo vento, fazem rodar a pedra do moinho.


Trecho do livro O Engenhoso Fidalgo D. Quixote de la Mancha,de Miguel de Cervantes Saavedra

                                       Páginas 117 a 120

O Jogo na Escola


Olá colegas!

Estive refletindo sobre o espaço que o jogo tem na escola. Atualmente estou em um momento em que eu desempenho atividades como monitora na na educação infantil com crianças de 3-4 anos. Logo nos primeiros dias percebe-se a importância que tem o jogo para eles. Diariamente são realizadas diferentes atividades, e o jogo  (brincadeiras com regras) sempre está presente, pois através dele as crianças aprendem e desenvolve-se. Segundo Collares (2008, p. 03)“sua relevância está no fato de que através dele os alunos ressignificam os acontecimentos. Conforme indicam os estudos psicanalíticos, através do jogo expressam-se e elaboram-se angustias, busca-se satisfação, entra-se em contato com outros”

Contudo, nos anos finais do fundamental (onde eu leciono a disciplina de ciências), percebo que poucos professores utilizam destes recurso. Penso que mais  jogos didáticos deveriam ser realizados com estes estudantes também. Na postagem "Jogos, brincadeiras e atividades lúdicas" eu falei um pouco sobre isso!


domingo, 29 de maio de 2016

A Poesia Infantil e a Música

A poesia é um conteúdo poético que podemos encontrar no poema, mas também em narrativas literárias, crônicas e até em obras de arte que não utilizam a palavra: num quadro, numa fotografia, por exemplo. É a linguagem poética encontrada nessas obras que pode ser chamada de poesia”.
(Trecho extraído do material da interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem – PEAD - 2016)

E na música? Podemos encontrar poesia na música? Qual a relação da música com a poesia?


Se refletirmos sobre a trajetora de Vinícius de Moraes, veremos que ele circulou entre as duas modalidades artísticas: poesia e música


                              As borboletas - Vinicus de Moraes - Composição Cid Campos

Segundo Maria Cristina Aguiar a “música e poesia são duas artes da comunicação que vivem do som, da articulação, da expressão... Com valor em si mesmas, e não necessitando uma da outra para poder subsistir, os seus caminhos cruzam-se no universo fascinante da canção. O texto, outrora recitado, recebe uma nova roupagem e é articulado com sons definidos musicalmente. Por outro lado, a música recebe mais um componente, cuja articulação de vogais e consoantes vai contribuir para o enriquecimento do resultado final.”

Recentemente tenho escutado a dupla Palavra Cantada, eu acho as músicas deles ricas em poesia.

"Palavra Cantada é uma dupla musical infantil formada em 1994 por Paulo Tatit e Sandra Peres. É caracterizado por canções infantis de linhas marcantes, que prezam pela elaboração das letras, arranjos e gravações, com uma poética sensível e respeito à inteligência das crianças (Wikipedia) "  


"Todo ano ela vem e volta ano que vem
Vem para plantar, enfeitar a floresta
e toda natureza entra em festa"

Vocês conhecem alguma música recheada de poesia?


Referências:
Aguiar, Maria Cristina “Música e Poesia: A relação complexa entre duas artes da comunicação”. Disponível em. <http://www.ipv.pt/forumedia/6/13.pdf >


Poema e Poesia - Interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem – PEAD - 2016

Palavra Cantada - https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra_Cantada

sábado, 28 de maio de 2016

A hora de brincar

Recentemente eu iniciei uma atividade como monitora em uma escola de educação infantil em Porto Alegre. Estou acompanhando duas turmas de nível 3, as crianças têm de 3 a 4 anos. Estas últimas semanas têm sido um período de adaptação e de intensas aprendizagens, já que até então eu não havia trabalhando com crianças na educação infantil. Hoje eu venho fazer o relato sobre um dos momentos mais esperados por eles: a hora de brincar.

Já faz parte da rotina deles 30 min de pátio, e outros momentos durante o dia em que eles são convidados a brincar livremente, ou orientados a brincar de alguma brincadeira especifica pela professora. Hoje darei ênfase sobre o ato de brincar livremente.
  • Quando a criança está brincando ela está vivenciando várias situações, e aprendendo a resolvê-las.
  • Se a brincadeira é com outras crianças ela aprende a compartilhar os brinquedos, a ouvir o amigo, aprende a se tornar mais flexível na tomada das decisões
  • Quando a criança está brincando, ela está aprendendo e desenvolvendo habilidades sociais, motoras e linguísticas também.


 Brincar é coisa séria!


A minha experiência com Projetos de Aprendizagem (2)

A BUSCA PELAS RESPOSTAS
Nas semanas seguintes os alunos foram a procura das respostas, de acordo com as teorias construtivistas nos projetos de aprendizagens o professor assume um papel mediador, orientando os trabalhos. A procura de material para tentar responder as perguntas, de acordo com Demo (2005, pág. 21) "significa habituar o aluno a ter iniciativa, em termos de procurar livros, textos, fontes, dados informações. Visa-se superar a regra comum de receber as coisas pontas, sobretudo apenas reproduzir materiais existentes". Desta maneira, em nenhum momento eu trouxe as respostas aos alunos, eu auxiliei eles, forneci alguns materiais e entrei em contato com pessoas que poderiam auxiliar no trabalho. Os alunos foram autônomos, e os protagonistas na busca pelas respostas e na construção do trabalho escrito. 

A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS
Conforme o combinado na data marcada os alunos apresentaram seus trabalhos aos colegas. A apresentação contou com alguns improvisos já que um grupo esqueceu os materiais para uma experiência. Contudo, como a escola é pequena e cooperativa, a equipe da cozinha emprestou os materiais (açúcar, sal e água morna) para realização do experimento. Os alunos apresentação domínio do conteúdo, seriedade e respeito ao trabalho dos colegas.

Por que utilizar projetos de aprendizagem?
Os projetos são construídos a partir do interesse do aluno, e eles são os protagonistas e autônomos durante todo o processo. Desta maneira, o professor assume o papel de mediador, auxiliando os alunos, mas permitindo que eles sejam emancipatórios.Notei que os alunos foram capazes de interpretar os textos, compreende-los, a  depois elaborar suas hipóteses. O autor Pedro Demo (2005, pág 24) identifica isso como a troca de posição de "informado" à informante, informativo e informador. 
Referências:
Demo, Pedro. Educar pela pesquisa. 7. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.